segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eternamente piratas

20/12/2010 - Jornal de Brasília

O mês de fevereiro foi marcado por vários flagrantes de desrespeito à lei. Motoristas desafiaram fiscais e fizeram, por várias vezes, transporte de passageiros sem autorização. Apesar da fiscalização, as pessoas que faziam transporte clandestino não se intimidavam.

Sempre que os fiscais do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) desmontavam um ponto de atuação dos motoristas piratas, logo começava toda uma peregrinação em busca de um novo local para atrair os passageiros. Só em janeiro de 2010, 35 carros receberam multas.

De acordo com o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), ao longo do ano foram apreendidos 1.206 veículos, por estarem fazendo transporte irregular de passageiros. Desses, 15 foram ôni-bus. E os meses mais críticos foram abril, maio e agosto. A ação de fiscalização é conjunta e realizada pelo DFTrans e pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

As blitze acontecem em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. Antes das apreensões são feitas ações de mapeamento e os veículos que cometem ilegalidades são registrados em fotos e gravações. A multa para quem realiza o transporte pirata varia de R$ 2 a R$ 5 mil, dependendo da reincidência. O carro preso é levado ao depósito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) e só é liberado após o pagamento da multa. As regiões em que ocorreram mais apreensões foram o Plano Piloto (Rodoviária e Eixos Sul e Norte), Planaltina e Sobradinho.

O diretor Operacional do DFTrans, Pedro Jorge Brasil, ressalta o perigo de se utilizar o transporte irregular. "As pessoas têm que se conscientizar que ao entrar em um veículo pirata elas estão arriscando a própria vida. Há casos em que o carro é roubado, em que o motorista não tem habilitação e já houve até situações de assalto e de estupro", afirma. Outro fator de risco diz respeito às condições de segurança dos veículos. Segundo ele, muitos carros rodam com pneus carecas e extintores de incêndio vencidos, o que facilita a ocorrência de acidentes.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sem acordo, greve dos funcionários da Cootarde continua amanhã

14/12/2010 - DFTV 2ª Edição - Alessandra de Castro

Os rodoviários da Cootarde cruzaram os braços nesta terça-feira (14), prejudicando pelo menos 15 mil pessoas. Com a paralisação, o movimento foi fraco no terminal de Santa Maria.

Ao longo do dia, 50 ônibus da cooperativa ficaram estacionados no terminal de Santa Maria, eles fazem as linhas entre Santa Maria, Gama, Samambaia e Plano Piloto. 

De acordo com o sindicato dos funcionários, o pagamento do mês de dezembro ainda não foi feito. A Cootarde admite que tem dificuldades em manter a folha de pagamento em dia porque arrecada menos do que gasta. Como não houve acordo, a greve continua amannhã. 



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ônibus de luxo. Mas quando?

06/12/2010
Correio Braziliense

Mesmo em dificuldades financeiras e a poucos dias do fim do governo interino de Rogério Rosso (PMDB), a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) decidiu comprar ônibus novos e luxuosos. A estatal terá em sua garagem cinco veículos executivos. A empresa pagou R$ 446 mil por unidade, de um total de R$ 2,23 milhões.

A justificava para tal despesa é a criação de uma linha entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e o Setor Hoteleiro. No entanto, os coletivos só devem ser entregues no fim deste mês, últimos dias das atuais administrações da TCB e do Distrito Federal. A empresa nem sequer tem motoristas treinados para a linha executiva. E ninguém sabe quando o serviço realmente entra em operação.

A TCB adquiriu os cinco ônibus por meio de pregão eletrônico. A nota de empenho em favor de uma revenda de veículos da marca alemã Mercedes-Benz foi emitida em 17 de agosto. A partir de então, a empresa ganhou 120 dias para entregar os veículos. O prazo vai até a segunda quinzena deste mês, véspera do início da administração Agnelo Queiroz (PT).

No entanto, nem o secretário de Transportes, Paulo César Boberg Barongeno, sabe precisar quando os ônibus estarão prontos para circulação e a data do início do serviço. "Tudo depende da chegada dos veículos. O fornecedor ficou de nos entregar até o fim do mês. Faltam detalhes, como a fixação do layout. Depois, haverá o processo de cadastramento no DFTrans e no Detran", explica.

Pelos planos da Secretaria de Transportes, a passagem dos ônibus executivos do aeroporto custará R$ 8. Mas nem o valor está definido. "É uma estimativa", ressalta Barongeno. A primeira viagem partirá do terminal aéreo às 5h30 e a última, às 23h30. Os veículos passarão pelos eixos W e L, pela Rodoviária do Plano Piloto e pelos setores hoteleiros. O percurso (ida e volta) durará 80 minutos.


Pressão

Essa é a segunda tentativa de criar uma linha executiva ligando o Aeroporto aos principais hotéis da capital, como existe há anos nas principais cidades do país e do mundo. Da primeira vez, em julho de 2008, a TCB também comprou cinco veículos de luxo, por R$ 332 mil cada. Mas bastou um protesto dos taxistas que monopolizam o transporte no terminal aéreo para o projeto ser engavetado.

O então governador José Roberto Arruda (ex-DEM) desautorizou publicamente o seu secretário de Transportes, Alberto Fraga, e mandou-o dar outro fim aos veículos executivos. Os ônibus passaram a operar uma linha que circula pela Esplanada dos Ministérios e os taxistas continuaram a faturar, praticamente sem concorrência, com viagens de R$ 35 em média até os hotéis do Plano Piloto.

O atual secretário espera uma nova resistência dos taxistas, mas garante a instituição da linha Aeroporto-Setor Hoteleiro. "Haverá resistência porque haverá uma concorrência. Mas não podemos cometer o erro do passado, até porque as características dos veículos adquiridos agora impedem que sejam destinados ao uso de uma linha convencional", ponderou Barongeno.

Além do ar-condicionado e do piso baixo dos ônibus comprados em 2008, os modelos adquiridos em 2010 têm grande espaço para malas e outras facilidades destinadas a passageiros com grande quantidade de bagagem. Fotografias dos veículos no fornecedor não foram permitidas, mas o Correio conseguiu cópia do prospecto do ônibus executivo aprovado por técnicos da Secretaria de Transportes.


Bandeira 2

Em outra iniciativa para facilitar a vida dos usuários do Aeroporto de Brasília, no início de 2009, o GDF anunciou a imnplantação do serviço de táxi pré-pago no terminal. A ideia era instituir um sistema semelhante ao de várias cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde o consumidor sabe o preço da corrida antes de entrar no carro. Mas, novamente, por conta da pressão do sindicato, o governo desistiu da medida.

Agora, a Secretaria de Transportes diz estar cumprindo um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado por Fraga com a Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) em março, poucos dias antes de ele deixar o cargo em função dos escândalos provocados pela Operação Caixa de Pandora. Fixaram o prazo de 180 dias para início da operação da linha de ônibus executivos no aeroporto.

O mesmo TAC, firmado entre a Secretaria de Transportes e a Prodecon, previa a regularização dos táxis no Aeroporto. A secretaria se comprometeu a cadastrar todos os taxistas do terminal, permitir a parada de motoristas autônomos e de empresas de radiotaxi no estacionamento coberto e suspender a cobrança de bandeira 2 nas corridas originadas ou terminadas no aeroporto.

Contudo, no caso do fim da Bandeira 2, os taxistas também saíram vitoriosos, com apoio da Câmara Legislativa do DF, atolada nas denúncias de corrupção da Caixa de Pandora. Dias após a assinatura do TAC, os deputados distritais aprovaram o projeto de lei que manteve a cobrança de bandeira 2 para qualquer viagem de ida ou vinda do aeroporto.


Percurso restrito

A TCB iniciou a operação dos primeiros ônibus de piso baixo com ar-condicionado no Distrito Federal em 19 de agosto de 2008, com os veículos distribuídos nas linhas 108 (Rodoviária-Esplanada dos Ministérios) e 108.3 (Rodoviária-Esplanada dos Ministérios-STJ-Píer 21).

A empresa não comprava ônibus novos desde 1996.


MEMÓRIA

Patrimônio dilapidado

Fundada em 8 de maio de 1961 e iniciando as operações em 1º de junho daquele ano, a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) é a mais antiga empresa do ramo na capital do país. Ela atingiu o apogeu nos anos 1970, quando foi considerada modelo nacional, sendo pioneira no uso de transmissão automática em ônibus. Chegou a ter mais de 300 veículos.

No entanto, nas três décadas seguintes, a estatal passou por um processo de sucateamento. Em 2001, o então governador Joaquim Roriz anunciou a sua privatização. A Câmara Legislativa aprovou a ideia. A partir daí, a empresa perdeu suas fontes de renda e elevou os prejuízos ao governo.

No fim de dezembro daquele ano, Roriz autorizou o repasse das linhas da TCB à iniciativa privada por meio de uma concessão de 30 anos. Em outro decreto outro, assinado em janeiro de 2002, estava prevista a venda de todo o patrimônio da empresa, incluindo as garagens, móveis, ônibus e linhas.

As melhores linhas foram passadas para empresas privadas, como a Expresso São José e a Viva Brasília, do ex-senador Valmir Amaral (PMDB), aliado de Roriz.

Ainda com a sede no Setor de Garagens Oficiais Norte, a TCB hoje tem 33 ônibus cadastrados no Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), 180 funcionários, e apenas duas linhas, a 108 e a 108.3. A empresa transporta cerca de 20 mil pessoas diariamente.
 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

População aguarda melhorias no transporte

01/11/2010 - Bom Dia DF

O novo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, tem uma série de desafios a partir de 1º de janeiro. E um deles é o transporte.

No transporte público, as greves se multiplicaram este ano. Metroviários pararam e rodoviários também. E várias vezes. Os passageiros, pegos de surpresa no meio de discussões entre patrões e empregados, ficaram sem opção. 

Um milhão de pessoas pegam ônibus todos os dias. E três mil ônibus circulam pelo Distrito Federal. A quantidade parece insuficiente. Os vagões do metrô também vivem cheios. São 160 mil passageiros por dia. O preço das passagens é o mais alto do país, e a tão prometida integração e o bilhete único nunca saiu do papel. 

Albert Steinberger

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Rodoviários do Paranoá protestam contra violência com paralisação na quarta

19/10/2010 - Correio Braziliense

Os motoristas e cobradores do Paranoá realizarão uma paralização relâmpago nesta quarta-feira (20/10), das 7h às 9h da manhã, em protesto contra a violência, que levou à morte do motorista Elinaldo Ribas Pires. Cerca de 100 veículos ficarão parados durante o período de grande movimento nos pontos de ônibus.

Os rodoviários são do Grupo Amaral e Planeta. Os motoristas e cobradores protestarão em frente ao terminal do Paranoá.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodiviários do DF, Saul Araújo, a categoria quer a instalação das câmeras de vídeo dentro dos ônibus. "Queremos que o GDF cumpra a promessa. Queremos prevenção e não que haja assassinatos para depois existir uma ação", reclamou Saul.

Além disso os rodoviários reivindicarão por mais policiamento nas ruas, nos terminais (principalmente nos horários de maior fluxo) e blitzes diárias nos ônibus.

O crime
O assassinato ocorreu à luz do dia, por volta das 13h30, de terça-feira (12/10) passada. Os dois assaltantes — José Ricardo França Rocha, 26 anos e um adolescente de 17, — entraram no ônibus da Viação Planeta e se sentaram nos bancos da frente. Nem sequer passaram pela roleta.


Minutos depois, na altura do Km 2 da DF-250, ainda no Itapoã, anunciaram o assalto. Levaram R$ 10 do caixa do coletivo e o celular do cobrador. Mesmo após pegar o dinheiro, os criminosos agrediram motorista e cobrador. Apavorado, Elinaldo teria reduzido a velocidade e seguido em direção ao acostamento.

Então o assaltante disparou na cabeça do motorista. A bala — que atravessou os óculos da vítima e parou no banco — deixou Elinaldo em estado grave por três dias. Ele estava em coma e respirava com a ajuda de aparelhos. 

Às 18h de sexta-feira (15/10), os médicos do Hospital de Base (HBDF) decretaram a morte cerebral dele. O velório ocorreu no domindo (17/10). Os dois acusados foram detidos.

sábado, 16 de outubro de 2010

Rodoviários da Cootarde voltam a trabalhar após garantia de pagamento

15/10/2010 - Correio Braziliense

Os rodoviários da Cooperativa de Transportes Alternativos do Recanto das Emas (Cootarde) decidiram em assembleia, realizada na tarde desta sexta-feira (15/10), voltar ao trabalho. Segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários de Brasília, Diógenes Nery dos Santos, a cooperativa garantiu o pagamento, que está atrasado há cinco dias. "O pagamento será feito na próxima terça-feira (19/10)", disse.

Cerca de 11 mil passageiros eram prejudicados com a greve dos ônibus. Agora, moradores de regiões como Santa Maria, Samambaia, Gama e Paranoá terão o transporte de volta às ruas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Rodoviários da Cootarde fazem paralisação por oito horas

15/10/2010 - DFTV 2ª Edição - Flávia Marsola

Moradores de quatro cidades ficaram sem transporte na manhã desta sexta-feira (15). Paralisações frequentes das cooperativas deixam os passageiros cada vez mais inseguros.

Os ônibus da Cootarde só deixaram a garagem no Gama no começo da tarde. A direção da Cooperativa deve aos motoristas e cobradores R$ 276 reais do ticket alimentação, que deveria ter sido pago há cinco dias. 

“Temos retroativo desde maio para efetuar para eles. Com isso onera muito e não foi possível pagar no dia 10”, explica o presidente da Cootarde, Augusto Maia. 

O diretor do sindicato dos rodoviários da Cooperativa, Diógenes Nery, afirma que os rodoviários resolveram voltar ao trabalho porque a empresa garantiu que vai pagar todos os trabalhadores na próxima terça-feira (19). 

Durante a paralisação, que durou oito horas, 50 ônibus de quatro linhas deixaram de circular no Gama, em Samambaia, no Paranoá e em Santa Maria. 11 mil passageiros ficaram sem transporte e enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho. 

“É difícil de saber, porque eles pegam de surpresa. Tem vezes que vai e quando volta não tem [ônibus]”, relata a dona de casa Maria Leandro. “Chega atrasado no trabalho, o patrão não aceita. Sobra para gente que depende do transporte coletivo”, conta o garçom José de Ribamar. 

Em Planaltina, os ônibus não saem da garagem da Coopatran há 18 dias. Os rodoviários alegam que não recebem salário desde agosto e a negociação foi suspensa. A DFTrans diz que os ônibus da Cooperativa, que fazem a ligação com o Plano Piloto, foram substituídos, mas os passageiros não percebem diferença nas ruas. 

A DFTrans informou que vai aumentar a fiscalização sobre as empresas que substituíram os ônibus da Coopatran. 


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Rodoviários da Coopatram em Planaltina permanecem em greve há sete dias

04/10/2010 - Correio Braziliense

Os rodoviários da Cooperativa dos Profissionais de Transporte de Samambaia (Coopatram) continuam com a greve, iniciada na última terça-feira (28/9). Nesta segunda-feira (4/10) faz sete dias que nenshum dos 80 ônibus circulam. Cerca de 60 mil moradores do Vale do Amanhecer e de Arapoanga ficaram com o transporte para o Plano Piloto prejudicado. 

Segundo a assessoria da Coopatram, foi feita uma proposta de adiantamento de 10% da arrecadação diária em dinheiro aos motoristas e 5%, aos cobradores. Essa seria uma forma dos funcionários retomarem as atividades, mas eles não aceitaram.

A assessoria afirma, ainda, que houve uma tentativa de colocar 30% dos ônibus nas ruas nesta segunda-feira (4/10) - o equivalente a 10 veículos - mas, o Sindicato dos Rodoviários não teria permitido a ação. Eles dizem que cerca de 35 empregados querem voltar ao trabalho.

Um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, Diógenes Nere, disse que não houve proposta alguma por parte da cooperativa. "Nós não impedimos que a quantidade mínima da frota permitida por lei rode, mas os rodoviários que não querem", explicou Diógenes.

Os funcionários da Coopatram não recebem salário desde o dia 16 de setembro. A dívida chega a aproximadamente R$ 1,1 mil para motoristas e R$ 780 a cobradores. 

De acordo com a assessoria de imprensa do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), as linhas prejudicadas receberam desde semana passada um reforço de 60 ônibus de outras empresas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Greve da Coopatram completa cinco dias

DFTV 01/10/2010

Cerca de 80 mil moradores de Planaltina estão sendo afetados. Funcionários da empresa estão com os salários atrasados e ainda não há data definida para próxima reunião com os patrões.

Os funcionários da Coopatram afirmam que continuam com os salários atrasados e sem receber os benefícios. Cerca de 80 mil moradores de Planaltina estão sendo afetados pela paralisação.

Apesar de o DFtrans ter colocado duas empresas para reforçar o transporte, os ônibus com destino à Planaltina continuam saindo lotados da rodoviária do Plano Piloto. Ainda não há data definida para próxima reunião entre empregados e patrões. Eles vão se reunir novamente nessa sexta-feira (1) no Ministério Público e aguardam um posicionamento do órgão.

Renata Costa

http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL1622059-10040,00-GREVE+DA+COOPATRAM+COMPLETA+CINCO+DIAS.html

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Viplan é investigada por suspeita de ter enganado trabalhadores

Portal DFTV - 28 de setembro de 2010


Justiça do Trabalho pediu à PF ao MP investigar a Viplan que, junto com uma advogada, teria lesado trabalhadores. Valor dos acordos chegava a ser 40% menor do que os funcionários deveriam receber.

Quando o juiz Leador Machado começou a julgar ações trabalhistas de funcionários demitidos do Grupo Canhedo, ele notou algo estranho: os valores dos acordos eram muito abaixo do que trabalhadores tinham direito e advogada era sempre a mesma.
“[Eles] diziam para o trabalhador: você vai nesse advogado, entra com ação e somente na Justiça eu vou pagar seus direitos e liberar o seu seguro desemprego, seu fundo de garantia. Se não for por aqui, você vai passar dez anos sem receber e corre o risco de não receber. [Era] uma espécie de uma chantagem”, explica o juiz.

Na sentença, Machado diz houve conluio, um acordo entre duas partes para lesar uma terceira. No caso, o acordo seria entre a advogada e as empresas do Grupo Canhedo. Os prejudicados eram os trabalhadores que, com medo da demora para receber o dinheiro, aceitavam o acordo que a advogada oferecia. O valor dos acordos chegava a ser 40% menor do que os funcionários deveriam receber.

De 13 processos, o juiz conseguiu negar nove acordos. Um deles foi o de Antoniel Ferreira Silva, que trabalhou como cobrador da Viplan. Pelo acordo proposto pela advogada Edna Santana Góes ele iria receber apenas R$ 1000 mil, mas acabou ganhando R$ 4.600 mil.

“Quando eu fui no chefe da Viplan, ele pediu para eu descer pro jurídico. Chegou lá, o rapaz, o Cristiano me deu o cartão da Dra. Edna e lá na audiência ela não foi. Acabou que eu ganhei toda causa sem ela participar”, relata Antoniel, destacando que a advogada voltou a procurá-lo para cobrar os honorários. “Ela me ligou, nós fomos pro banco e lá ela pegou 30% desse dinheiro”, diz.
O juiz pediu que o caso seja investigado pelo Sindicato dos Rodoviários, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e pela Ordem dos Advogados do Brasil.

“Isso afronta os princípios da OAB, isso é muito grave. E é lógico,diante dessa gravidade, a única coisa que a Ordem pode fazer é punir disciplinarmente o advogado a partir do momento que fique devidamente comprovado que houve esse tipo de comportamento, que não é um comportamento digno da advocacia”, avalia o secretário geral da OAB-DF, Lincoln de Oliveira.

O juiz Machado destaca que os trabalhadores têm que ter cuidado. “Havendo uma recisão de contrato, jamais procurar um advogado que tem uma ligação com a empresa, porque senão serão prejudicados”, afirma.

A reportagem do DFTV entrou em contato com a Viplan, mas a assessoria de imprensa do Grupo Canhedo informou que o presidente, Wagner Canhedo Filho, não vai comentar o assunto. Nós procuramos também a advogada Edna Santana Góes, que negou ser a advogada do caso.

Passageiros de Brazlândia sofrem com a demora e a superlotação dos ônibus

 DFTV 1ª Edição - 29/09/2010 - Reportagem

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1347031-7823-REDACAO+MOVEL+MORADORES+RECLAMAM+DO+TRANSPORTE+PUBLICO+EM+BRAZLANDIA,00.html

Moradores do Setor Leste da cidade reclamam que, muitas vezes, não conseguem embarcar no ônibus por falta de espaço. O DFtrans informou que pretende aumentar o número de veículos circulando.

A vendedora Gleicimar da Silva precisa chegar cedo ao terminal de Brazlândia, mas isso não é garantia de transporte. “Raramente você pega um ônibus vazio. Ele já chega bem lotado ao terminal”, relata.

Quem mora distante do terminal precisa ficar horas nas paradas. E quando o ônibus chega, já está cheio. “Eu vou na porta, exprimido entre duas pessoas, no primeiro degrau. É o lugar que cabe”, conta o estudante Mateus Teodorino.

A estudante Simone Bitar conta que, às vezes, o motorista passa direto. “Muitas vezes, o ônibus deixa de parar na parada porque tem muita gente”, lamenta.

O ônibus que faz a linha para Taguatinga Sul é um dos mais procurados e mais cheios também. A equipe da Redação Móvel embarcou em um. Nessa linha, ir sentado é privilégio de poucos. “É muito difícil ir sentado. Não sobra cadeira para ninguém”, sublinha uma passageira.

O ônibus segue tão cheio que algumas pessoas precisam ir sentadas em cima do motor do veículo. E o motorista conta que apenas duas linhas fazem este trajeto: 402 e 401.

Com o ônibus circulando nessa situação, algumas pessoas não conseguem entrar. E continuam no ponto a espera de um transporte. “O meu ônibus passou há cinco minutos, mas vou ter que esperar outro que passará só daqui a quarenta minutos”, reclama uma moradora que esperava no ponto.

A empregada doméstica Maria José de Souza também não conseguiu entrar no ônibus. Ela perdeu o ônibus das 7h. E precisou esperar até às 8h para conseguir pegar o próximo com destino a Taguatinga Sul. “Eu só viajo em pé. Vou e volto assim. Estou cansada, não aguento mais viajar em pé nesses ônibus”, desabada.

O DFtrans reconhece o problema e informou que uma equipe técnica finaliza os estudos para aumentar as viagens das linhas que saem de Brazlândia para o Plano Piloto, além da que vai para Taguantinga Sul. Com isso, os ônibus devem passar em intervalos menores. O prazo é que em no máximo dois meses o sistema ganhará esse reforço.

A Redação Móvel marcou o dia 2 de dezembro no calendário para voltar ao local e conferir o que mudou.

Kenzô Machida / Juarez Dornelles

Greve dos rodoviários da Coopatran completa dois dias

 DFTV 2ª Edição - 29/09/2010 - Reportagem

Eles reivindicam salários e benefícios atrasados. Mais de 80 mil passageiros dependem dos micrôonibus da cooperativa, que está em crise financeira.

Os moradores de Planaltina, Vale do Amanhecer, Arapoanga e Sobradinho, são forçados a engolir a greve. Eles precisam e pagam pelo transporte. “Estou andando a pé porque não tem transporte, mas o dia 3 de outubro vem aí, vamos dar o troco”, afiram um morador.

São 80 mil passageiros por dia. Pagando uma tarifa de R$ 3. A Coopatran recolhe o dinheiro todo o fim de turno, mas há um ano e três meses os funcionários só recebem atrasado e o pagamento de agosto ainda não saiu.

O DF tem sete cooperativas no sistema de transporte, criadas depois que as vans foram tiradas de circulação. Para fazer esse serviço, os cooperados se juntaram e deram lances altos, de até R$ 200 mil. Especialistas na área dizem que foi nesse momento, antes mesmo de começar a operar, que as cooperativas deram o primeiro passo rumo a uma crise financeira.

“Tiveram que comprar veículos pra poder operar. Então, já entraram com uma dívida. No início, muitas linhas estavam operando pelo custo de R$ 1, o que não era condizente com o custo do sistema”, explica o especialista Artur Morais.

Operando no vermelho, o atraso de salários e benefícios já fez os funcionários pararem duas vezes em um único mês. O DFtrans disse que colocou 80 ônibus de duas empresas para cobrir o itinerário da coopatran.

“Por enquanto, vamos manter essas empresas em situação de emergência. Até termos uma decisão definitiva da Justiça”, afirma o diretor Operacional do DFtrans Pedro Jorge Brasil.

“Não queremos a totalidade das linhas, mas queremos que elas sejam divididas de forma justa. Dividir essas linhas, hoje operadas pelas empresas que estão ilegais, com as cooperativas”, declara o diretor da cooperativa.

Renata Costa


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Greve deixa moradores de Planaltina sem acesso ao Plano Piloto

DFTV 1ª Edição-  28/09/2010 


Moradores de Planaltina e do Vale do Amanhecer estão sem transporte público desde a tarde desta segunda-feira (27). 80 ônibus da Coopatran, que faz as linhas para o Plano, não saíram da garagem.

Os rodoviários estão em greve por tempo indeterminado. 80 mil passageiros dependem dos ônibus da cooperativa, e as paradas na BR- 020 ficaram cheias na manhã desta terça-feira (28). O transporte pirata apareceu, mas com passagens caras, que chegaram a R$ 10. O DFtrans colocou 80 ônibus de empresa para cobrir a região, mas quando eles chegavam, o passageiro lutava por uma vaga.

Os rodoviários da Coopatran entraram em greve na tarde de ontem. Eles não receberam o salário de agosto, que deveria ter sido pago no dia 16 deste mês. Houve uma reunião entre empresários e rodoviários, mas a cooperativa alegou não ter dinheiro para pagar todos os funcionários.

O diretor da cooperativa informou que, na tarde de hoje, haverá mais uma reunião com os funcionários. Ele explica que não tem dinheiro para pagar porque metade dos ônibus só faz o trajeto Planaltina-Plano Piloto uma vez por dia, o que dá prejuízo.



domingo, 19 de setembro de 2010

Frota de ônibus do DF será reduzida

Francisco Dutra - 09/09/2010
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br

Menos ônibus irão fazer o transporte de passageiros pelo Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Transportes, o novo ciclo de licitações para que empresas atuem no sistema de transporte público coletivo é o pontapé inicial para a redução e remanejamento da frota de ônibus. Após a conclusão das licitações e dos demais projetos do novo sistema de locomoção integrado, a frota passará por um enxugamento. Hoje são quase 3 mil veículos. Depois do corte, calcula-se que serão apenas 2,2 mil. O projeto Brasília Integrada prevê o bilhete único. Com apenas uma passagem, o usuário poderá pegar várias conduções

Segundo a Secretaria de Transportes, a redução do número de veículos não irá prejudicar a qualidade do serviço. De acordo com técnicos, o corte será acompanhado por um reordenamento da frota. O atual modelo baseia-se em muitas linhas que fazem grandes trajetos, sendo a maior parte para a Rodoviária do Plano Piloto. O novo modelo terá foco em um grande número de linhas de embarque dentro das cidades associadas a corredores especiais de ligação com Brasília e a outros meios de transporte.

Com a mudança, a pasta de transportes calcula que o número de ônibus circulando por linha dobre, passando de três para seis. Já está prevista a publicação de editais para 760 veículos. Outros 140 Veículos Leves sobre Pneus (VLP), que farão a ligação do Gama até Brasília, deverão ser colocados em licitação. Além deles, existem 300 veículos cuja licitação está sendo analisada pelo Tribunal de Contas do DF. Todas as licitações serão para permissões de uso, o que dará o poder para o governo suspender os contratos caso as empresas não cumpram o serviço. Os contratos serão de sete a dez anos, com possibilidade de prorrogação.


Leia mais na edição desta quinta-feira (09) do jornal de Brasília.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Locomoção individual supera a coletiva no DF

Atualizado em: Segunda-feira, 06/09/2010 às 10:21:23
Marina Marquez
marina.marquez@jornaldebrasilia.com.br
Com 1,3% da população nacional, o Distrito Federal já possui quase o dobro dessa porcentagem no que diz respeito a frota de veículos. Além disso, enquanto a média nacional de mobilidade urbana é de 30% de pessoas se locomovendo em transporte individual e 36% em transporte coletivo, a capital federal possui o inverso, 37% em veículos e 33% em transporte coletivo. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e, segundo especialistas, a tendência é que a situação piore nos próximos anos.
O estudo do Ipea sobre a mobilidade urbana nos últimos anos aponta que, entre os anos de 1998 e 2008, só aumentou a quantidade de venda de automóveis e motocicletas, cerca de 9% e 19% ao ano, respectivamente. Ao mesmo tempo, a proporção da população que é passageira de transporte público urbano diminuiu. Para o chefe do Laboratório de Ensino e Aprendizagem em Transportes (Leat) e do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru) da Universidade de Brasília (UnB), Victor Pavarino, um conjunto de fatores favorece o quadro de crescimento no transporte individual que o Distrito Federal vive. Entre eles o descaso político com o transporte público e o próprio desenho urbano da cidade. 
"Apesar dos recorrentes discursos de vários governos de que o transporte público seria prioridade, ele serve a uma população cujo poder de barganha é inferior ao das classes médias, que são usuárias de automóveis. Logo, há um descaso com o transporte. E além disso, o desenho urbano é pouco favorável à eficiência do transporte, uma vez que há um baixo índice de passageiros por quilômetro e longas distâncias sem renovação de passageiros", explica. 
Leia mais na edição desta segunda-feira (06) do Jornal de Brasília.
http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=296718

domingo, 5 de setembro de 2010

Nova EPTG

Obras na EPTG, primeiro semestre de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Depois de acordo, rodoviários de Planaltina voltam ao trabalho neste sábado



Naira Trindade - Correio Braziliense
Publicação: 27/08/2010 21:23 Atualização: 27/08/2010 21:55

Depois de um dia e meio de movimento, a paralisação dos rodoviários da Cooperativa de Profissionais Autônomos de Transporte de Samambaia (Coopatram) chegou ao seu final na noite de sexta-feira. Os 80 ônibus da empresa voltam a rodar já neste sábado.

No acordo que pôs fim ao movimento, ratificado na noite desta sexta-feira (27/8), os salários e benefícios atrasados serão pagos gradativamente durante o próximo mês com o auxílio de um empréstimo de R$ 100 mil concedido pelo Banco de Brasília (BRB).

Também foi definido o aumento de salário de R$ 802 para R$ 1.293,02 (motorista) e de R$ 540 para R$ 686 (cobrador). O maior transtorno causado pela paralisação foi em Arapoanga, onde a Coopatram é a única autorizada a trabalhar. Nas outras regiões outras empresas absorveram os usuários. Ao todo, cerca de 20 mil trabalhadores sofreram com a falta de transporte.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Tiros e agressões em greve de rodoviários


  Redação Jornal Coletivo - 26/08/2010
Funcionários da Coopatran iniciaram um protesto, por volta das 3h da madrugada de hoje, em Planaltina, reivindicando pagamentos atrasados. De acordo com moradores, os funcionários atearam fogo e estacionaram um trio elétrico em frente à garagem da cooperativa, impedindo a entrada e saída de ônibus. Os grevistas também fecharam a rodovia com piquetes e veículos, impedindo o trânsito no sentido Planaltina-Brasília. Cerca de 20 mil usuários do transporte urbano na regional ficaram prejudicados com o protesto. O motivo da paralisação é o atraso no pagamento dos tíquetes refeição, cestas básicas e produtividade, além do descumprimento do acordo coletivo, em que foi definido um aumento de salário. Renata Elias, que mora próxima da garagem da Coopatran, disse ter ouvido disparos de tiros durante a madrugada, mas não soube informar quem seriam os agressores. “Só está circulando transporte pirata cobrando R$ 15 a passagem. Isso é revoltante.”

Greve de ônibus em Planaltina continua na sexta-feira



Roberta Abreu - Correio Braziliense
Publicação: 26/08/2010 21:14 Atualização: 26/08/2010 21:23
A paralisação relâmpago dos motoristas da Coopatram, que fazem o percurso Planaltina - Vale do Amanhecer - Plano Piloto, vai continuar nesta sexta-feira (27/8). Após reunião na tarde desta quinta-feira (26/8), entre a cooperativa e uma comissão formada pelos funcionários, ficou decidido que os 80 ônibus não sairão da garagem. Entre 20 e 30 mil pessoas são prejudicadas pela paralisação relâmpago.


De acordo com motoristas e cobradores, o motivo da paralisação, desta vez, é o atraso no pagamento dos tíquetes-refeição, cestas básicas e produtividade. Segundo o sindicato da categoria, há também o descumprimento do acordo coletivo, em que foi definido aumento de salário: de R$ 802 para R$ 1293,02 (motorista) e de R$ 540 para R$ 686 (cobrador).

Segundo um dos diretores do Sindicato dos Rodoviários, não houve acordo e a categoria votou pela paralisação. De acordo com ele, às 10h desta sexta haverá uma reunião no Ministério Público do Trabalho entre os funcionários, a cooperativa e um representante do governo. Após o encontro, será realizada uma assembleia para definir o rumo da greve.

Segundo o diretor de Comunicação da Coopatram, Luiz Martins, os pagamentos atrasados serão feitos em 4 de setembro. "A comissão dos empregados e a cúpula do sindicato compartilham com a posição da empresa. Eles confirmaram algumas ações em andamento por parte do governo, mas passar isso para os empregados, cansados e desgastados, não seria apropriado. Pedimos ajuda do sindicato para buscar uma solução junto ao governo", diz.

De acordo com Martins, a paralisação é a unica opção inviável neste momento. "Isso prejudica a empresa, os funcionários e a população. Torcemos para que essa greve acabe. Não podemos ficar parados, sem trabalhar."

Funcionários da Coopatran continuam em paralisação


DFTV 2ª Edição > 26/08/2010

Empresa é responsável pelas linhas do Vale do Amanhecer e Arapoanga. Rodoviários e patrões se reuniram na noite desta quinta-feira (26). Em Planaltina muita gente ficou sem transporte hoje.Enquanto rodoviários e patrões tentam um acordo, os 80 ônibus da Coopatran continuam parados. Ela é a única que circula no Vale do Amanhecer e no Arapoanga. Ela á também uma das três empresas responsáveis pelas linhas entre Plano Piloto e Planaltina. Com a paralisação, a oferta de linhas na volta para a casa se limitou às outras duas empresas, Viva Brasília e São José. Os 400 funcionários da Coopatran cruzaram os braços porque não receberam o reajuste salarial que deveria ter saído em junho. Os patrões dizem que não pagaram porque não tinham dinheiro em caixa. Luísa Doyle 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ônibus que vão de Planaltina ao Plano Piloto não circulam nesta manhã

Ônibus que vão de Planaltina ao Plano Piloto não circulam nesta manhã

Mariana Sacramento - Correio Braziliense
Publicação: 26/08/2010 08:16 Atualização: 26/08/2010 13:35

Todos os ônibus da Coopatram, que fazem o percurso Planaltina, Vale do Amanhecer - Plano Piloto, permaneceram na garagem na manhã desta quinta-feira (26/8). Cerca de 80 ônibus fazem parte da frota da cooperativa. Entre 20 e 30 mil pessoas são prejudicadas pela paralisação relâmpago. 

De acordo com motoristas e cobradores, o motivo da paralisação, desta vez, é o atraso no pagamento dos tickets refeição, cestas básicas e produtividade. Segundo o sindicato da categoria, há também o descumprimento do acordo coletivo, em que foi definido um aumento de salário - de R$ 802 para R$ 1293,02 (motorista) e de R$ 540 para R$ 686 (cobrador).

Ainda com informações dos funcionários, os ônibus só voltarão a circular após o pagamento. O diretor de comunicação da cooperativa, Luiz Martins, alegou que a empresa não tem dinheiro em caixa para realizar os depósitos.

Ele explicou, também, que sem a colaboração do Governo do Distrito Federal (GDF), as linhas não são rentáveis, já que 50% dos veículos só circulam em horário de pico, e no restante do dia ficam parados. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, vai ao local para tentar negociar o fim da paralisação.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

SIA: Sem transporte público, economia fica prejudicada

 Reportagem - Bom Dia DF - 24/08/2010

O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) é o lugar que mais arrecada ICMS no DF. O setor não tem zona eleitoral, mas abriga 80 mil trabalhadores e uma das queixas dessas pessoas é o transporte.
O Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) é uma cidade movida pelo trabalho: 56% do que o Distrito Federal arrecada com ICMS é gerado nesse local.

“Todo o setor de abastecimento de combustível sai do Setor de Indústria, por isso, também temos uma grande carga de ICMS. O setor de transporte de cargas também é agregado pelo nosso setor, além das grandes empresas que temos aqui”, afirma o presidente da Associação das Empresas do Setor de Indústria e Transporte de Carga Inflamável, Hélio Rodrigues Aveiro.

O SIA tem cinco mil empresas que empregam 80 mil pessoas. Cerca de 300 mil pessoas passam pelo setor todos os dias, mas não existe terminal de ônibus, nem acesso via metrô. De acordo com a DFTrans, 39 linhas de ônibus passam pelo SIA, todas vindas de outras cidades. Quem emprega reclama da dificuldade que os funcionários têm para chegar ao trabalho.

“No lugar de duas passagens, temos que pagar quatro para os funcionários. Isso eleva os nossos custos. Como as linhas não passam, as pessoas têm que se deslocar para a EPTG ou Estrutural”, diz o presidente da Feira dos Importados, Absalon Ferreira.

Um restaurante que funciona na feira tem 24 funcionários. Nos fins de semana, o dono tem que dobrar os gastos com passagens. “Transporte para as cidades satélites é muito difícil. Quem tem muitos funcionários sofre. Eles chegam atrasados e, nos fins de semana, têm que pegar dois ônibus”, relata o dono do estabelecimento, Ronilson de Oliveira.

Ele gastava quase R$ 4 mil com o transporte dos funcionários. Para reduzir as despesas, o comerciante comprou uma van. Assim, ele resolve também outro problema: “No dia que tiver greve, o transporte sai mais cedo e busca todo mundo”, fala Ronilson.

A qualidade do serviço de transporte é uma das principais dificuldades. O garçom Antônio Fernandes Duarte mora no Recanto das Emas. No sábado e no domingo, ele precisa sair mais cedo de casa para o trabalho. “Se passar um e você perder, demora 40 minutos ou mais para passar outro”, conta.

E os problemas de quem usa o transporte público não param por aí. “Aqui não tem parada de ônibus. A gente sabe que é um ponto porque tem um monte de gente junta”, fala um homem. “Não tem parada lá dentro da feira, então, acaba que todo mundo tem que descer na EPTG e ir andando até lá”, destaca o auxiliar administrativo Victor Fernando de Paula.

Não há zona eleitoral no SIA, mas quem trabalha ali diz que os problemas do transporte público devem ser lembrados na hora do voto. “É importante ter quem olhe para esse lado e coloque como prioridade”, opina o garçom Antônio.

“Vou buscar um candidato que tenha, naturalmente, a ideia de trazer para nós os benefícios que estamos buscando. Vamos ver a plataforma política dele. Contempla realmente ajudar o Setor de Indústria?”, afirma Hélio Rodrigues Aveiro, presidente da Associação de empresas do SIA.

Reportagem: Flávia Marsola
Imagens: Rafael Sobrinho
Produção: Stephanie Alves

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Parte das obras na EPTG / Linha Verde sem prazo para terminar

quinta-feira, 19 de agosto de 2010








A vice-governadora do Distrito Federal, Ivelise Longhi, reafirmou nessa segunda-feira (16) que a obra viária da Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) será entregue em outubro deste ano. Longhi esclareceu que as obras estão na fase de sinalização em alguns pontos, instalação de passarelas e encabeçamento dos viadutos.



Já as melhorias relativas ao transporte de massa não tem data para terminar. A implantação do corredor exclusivo para ônibus, a licitação dos novos coletivos adequados à EPTG (articulados e com portas do lado esquerdo) e as obras do canteiro central não possuem data para entrega.



As declarações da vice-governadora foram feitas durante a reinauguração da agência do Banco de Brasília, localizada no shopping Florida Mall, situado às margens da EPTG. O gerente da agência, Umberto Ramos Ferreira, admitiu que as obras têm causado transtornos. “A dificuldade de acesso inibe a clientela. As pessoas reclamam constantemente”, disse. A agência possui 1,4 mil clientes (pessoa física) e tem como público principal os moradores da Colônia Agrícola Vicente Pires, mas atende ainda a população de Taguantinga, Guará, Águas Claras e Arniqueiras.



A obra



As mudanças na Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG) começaram em abril de 2009. A previsão inicial de entrega era de abril deste ano, no aniversário de 50 anos de Brasília. No entanto, desde então os prazos têm sido adiados. O investimento da obra é de R$ 244 milhões, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto prevê a duplicação das pistas nos dois sentidos, a construção de cinco viadutos, 17 passarelas, uma ciclovia e o corredor exclusivo para ônibus.



Enquanto as melhorias não se concretizam, cerca de 150 mil motoristas enfrentam longos congestionamentos em alguns pontos dos 25 quilômetros da via. Para tentar minimizar os transtornos, o GDF recomenda muita atenção ao trafegar pela EPTG: respeitar a sinalização e obedecer o limite de velocidade são importantes para evitar acidentes.



A falta de iluminação e a mudança constante nos desvios deixam a EPTG em situação de risco. Os pedestres, em alguns trechos, sofrem com a falta de faixas e se arriscam em meio aos carros. As faixas existentes nem sempre são respeitadas pelos motoristas, principalmente na altura do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O mesmo acontece com os semáforos, que estão sem fiscalização eletrônica.



Outro problema enfrentado pelos pedestres é a ausência de paradas de ônibus e de um recuo para o estacionamento dos coletivos. Os trabalhadores ficam expostos ao sol forte, além da poeira. E com a proximidade do período das chuvas, a partir de setembro, a situação pode se agravar. Para as pessoas com deficiência, a falta de condições para transitar é ainda pior. Como nem sempre há um retorno próximo, alguns carros ignoram a sinalização e aproveitam qualquer espaço para retornar para o outro sentido da via.





Fonte: Tribuna do Brasil (http://www.tribunadobrasil.com.br/site/?p=noticias_ver&id=26892)