quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Viplan é investigada por suspeita de ter enganado trabalhadores

Portal DFTV - 28 de setembro de 2010


Justiça do Trabalho pediu à PF ao MP investigar a Viplan que, junto com uma advogada, teria lesado trabalhadores. Valor dos acordos chegava a ser 40% menor do que os funcionários deveriam receber.

Quando o juiz Leador Machado começou a julgar ações trabalhistas de funcionários demitidos do Grupo Canhedo, ele notou algo estranho: os valores dos acordos eram muito abaixo do que trabalhadores tinham direito e advogada era sempre a mesma.
“[Eles] diziam para o trabalhador: você vai nesse advogado, entra com ação e somente na Justiça eu vou pagar seus direitos e liberar o seu seguro desemprego, seu fundo de garantia. Se não for por aqui, você vai passar dez anos sem receber e corre o risco de não receber. [Era] uma espécie de uma chantagem”, explica o juiz.

Na sentença, Machado diz houve conluio, um acordo entre duas partes para lesar uma terceira. No caso, o acordo seria entre a advogada e as empresas do Grupo Canhedo. Os prejudicados eram os trabalhadores que, com medo da demora para receber o dinheiro, aceitavam o acordo que a advogada oferecia. O valor dos acordos chegava a ser 40% menor do que os funcionários deveriam receber.

De 13 processos, o juiz conseguiu negar nove acordos. Um deles foi o de Antoniel Ferreira Silva, que trabalhou como cobrador da Viplan. Pelo acordo proposto pela advogada Edna Santana Góes ele iria receber apenas R$ 1000 mil, mas acabou ganhando R$ 4.600 mil.

“Quando eu fui no chefe da Viplan, ele pediu para eu descer pro jurídico. Chegou lá, o rapaz, o Cristiano me deu o cartão da Dra. Edna e lá na audiência ela não foi. Acabou que eu ganhei toda causa sem ela participar”, relata Antoniel, destacando que a advogada voltou a procurá-lo para cobrar os honorários. “Ela me ligou, nós fomos pro banco e lá ela pegou 30% desse dinheiro”, diz.
O juiz pediu que o caso seja investigado pelo Sindicato dos Rodoviários, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e pela Ordem dos Advogados do Brasil.

“Isso afronta os princípios da OAB, isso é muito grave. E é lógico,diante dessa gravidade, a única coisa que a Ordem pode fazer é punir disciplinarmente o advogado a partir do momento que fique devidamente comprovado que houve esse tipo de comportamento, que não é um comportamento digno da advocacia”, avalia o secretário geral da OAB-DF, Lincoln de Oliveira.

O juiz Machado destaca que os trabalhadores têm que ter cuidado. “Havendo uma recisão de contrato, jamais procurar um advogado que tem uma ligação com a empresa, porque senão serão prejudicados”, afirma.

A reportagem do DFTV entrou em contato com a Viplan, mas a assessoria de imprensa do Grupo Canhedo informou que o presidente, Wagner Canhedo Filho, não vai comentar o assunto. Nós procuramos também a advogada Edna Santana Góes, que negou ser a advogada do caso.

Passageiros de Brazlândia sofrem com a demora e a superlotação dos ônibus

 DFTV 1ª Edição - 29/09/2010 - Reportagem

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1347031-7823-REDACAO+MOVEL+MORADORES+RECLAMAM+DO+TRANSPORTE+PUBLICO+EM+BRAZLANDIA,00.html

Moradores do Setor Leste da cidade reclamam que, muitas vezes, não conseguem embarcar no ônibus por falta de espaço. O DFtrans informou que pretende aumentar o número de veículos circulando.

A vendedora Gleicimar da Silva precisa chegar cedo ao terminal de Brazlândia, mas isso não é garantia de transporte. “Raramente você pega um ônibus vazio. Ele já chega bem lotado ao terminal”, relata.

Quem mora distante do terminal precisa ficar horas nas paradas. E quando o ônibus chega, já está cheio. “Eu vou na porta, exprimido entre duas pessoas, no primeiro degrau. É o lugar que cabe”, conta o estudante Mateus Teodorino.

A estudante Simone Bitar conta que, às vezes, o motorista passa direto. “Muitas vezes, o ônibus deixa de parar na parada porque tem muita gente”, lamenta.

O ônibus que faz a linha para Taguatinga Sul é um dos mais procurados e mais cheios também. A equipe da Redação Móvel embarcou em um. Nessa linha, ir sentado é privilégio de poucos. “É muito difícil ir sentado. Não sobra cadeira para ninguém”, sublinha uma passageira.

O ônibus segue tão cheio que algumas pessoas precisam ir sentadas em cima do motor do veículo. E o motorista conta que apenas duas linhas fazem este trajeto: 402 e 401.

Com o ônibus circulando nessa situação, algumas pessoas não conseguem entrar. E continuam no ponto a espera de um transporte. “O meu ônibus passou há cinco minutos, mas vou ter que esperar outro que passará só daqui a quarenta minutos”, reclama uma moradora que esperava no ponto.

A empregada doméstica Maria José de Souza também não conseguiu entrar no ônibus. Ela perdeu o ônibus das 7h. E precisou esperar até às 8h para conseguir pegar o próximo com destino a Taguatinga Sul. “Eu só viajo em pé. Vou e volto assim. Estou cansada, não aguento mais viajar em pé nesses ônibus”, desabada.

O DFtrans reconhece o problema e informou que uma equipe técnica finaliza os estudos para aumentar as viagens das linhas que saem de Brazlândia para o Plano Piloto, além da que vai para Taguantinga Sul. Com isso, os ônibus devem passar em intervalos menores. O prazo é que em no máximo dois meses o sistema ganhará esse reforço.

A Redação Móvel marcou o dia 2 de dezembro no calendário para voltar ao local e conferir o que mudou.

Kenzô Machida / Juarez Dornelles

Greve dos rodoviários da Coopatran completa dois dias

 DFTV 2ª Edição - 29/09/2010 - Reportagem

Eles reivindicam salários e benefícios atrasados. Mais de 80 mil passageiros dependem dos micrôonibus da cooperativa, que está em crise financeira.

Os moradores de Planaltina, Vale do Amanhecer, Arapoanga e Sobradinho, são forçados a engolir a greve. Eles precisam e pagam pelo transporte. “Estou andando a pé porque não tem transporte, mas o dia 3 de outubro vem aí, vamos dar o troco”, afiram um morador.

São 80 mil passageiros por dia. Pagando uma tarifa de R$ 3. A Coopatran recolhe o dinheiro todo o fim de turno, mas há um ano e três meses os funcionários só recebem atrasado e o pagamento de agosto ainda não saiu.

O DF tem sete cooperativas no sistema de transporte, criadas depois que as vans foram tiradas de circulação. Para fazer esse serviço, os cooperados se juntaram e deram lances altos, de até R$ 200 mil. Especialistas na área dizem que foi nesse momento, antes mesmo de começar a operar, que as cooperativas deram o primeiro passo rumo a uma crise financeira.

“Tiveram que comprar veículos pra poder operar. Então, já entraram com uma dívida. No início, muitas linhas estavam operando pelo custo de R$ 1, o que não era condizente com o custo do sistema”, explica o especialista Artur Morais.

Operando no vermelho, o atraso de salários e benefícios já fez os funcionários pararem duas vezes em um único mês. O DFtrans disse que colocou 80 ônibus de duas empresas para cobrir o itinerário da coopatran.

“Por enquanto, vamos manter essas empresas em situação de emergência. Até termos uma decisão definitiva da Justiça”, afirma o diretor Operacional do DFtrans Pedro Jorge Brasil.

“Não queremos a totalidade das linhas, mas queremos que elas sejam divididas de forma justa. Dividir essas linhas, hoje operadas pelas empresas que estão ilegais, com as cooperativas”, declara o diretor da cooperativa.

Renata Costa


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Greve deixa moradores de Planaltina sem acesso ao Plano Piloto

DFTV 1ª Edição-  28/09/2010 


Moradores de Planaltina e do Vale do Amanhecer estão sem transporte público desde a tarde desta segunda-feira (27). 80 ônibus da Coopatran, que faz as linhas para o Plano, não saíram da garagem.

Os rodoviários estão em greve por tempo indeterminado. 80 mil passageiros dependem dos ônibus da cooperativa, e as paradas na BR- 020 ficaram cheias na manhã desta terça-feira (28). O transporte pirata apareceu, mas com passagens caras, que chegaram a R$ 10. O DFtrans colocou 80 ônibus de empresa para cobrir a região, mas quando eles chegavam, o passageiro lutava por uma vaga.

Os rodoviários da Coopatran entraram em greve na tarde de ontem. Eles não receberam o salário de agosto, que deveria ter sido pago no dia 16 deste mês. Houve uma reunião entre empresários e rodoviários, mas a cooperativa alegou não ter dinheiro para pagar todos os funcionários.

O diretor da cooperativa informou que, na tarde de hoje, haverá mais uma reunião com os funcionários. Ele explica que não tem dinheiro para pagar porque metade dos ônibus só faz o trajeto Planaltina-Plano Piloto uma vez por dia, o que dá prejuízo.



domingo, 19 de setembro de 2010

Frota de ônibus do DF será reduzida

Francisco Dutra - 09/09/2010
francisco.dutra@jornaldebrasilia.com.br

Menos ônibus irão fazer o transporte de passageiros pelo Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Transportes, o novo ciclo de licitações para que empresas atuem no sistema de transporte público coletivo é o pontapé inicial para a redução e remanejamento da frota de ônibus. Após a conclusão das licitações e dos demais projetos do novo sistema de locomoção integrado, a frota passará por um enxugamento. Hoje são quase 3 mil veículos. Depois do corte, calcula-se que serão apenas 2,2 mil. O projeto Brasília Integrada prevê o bilhete único. Com apenas uma passagem, o usuário poderá pegar várias conduções

Segundo a Secretaria de Transportes, a redução do número de veículos não irá prejudicar a qualidade do serviço. De acordo com técnicos, o corte será acompanhado por um reordenamento da frota. O atual modelo baseia-se em muitas linhas que fazem grandes trajetos, sendo a maior parte para a Rodoviária do Plano Piloto. O novo modelo terá foco em um grande número de linhas de embarque dentro das cidades associadas a corredores especiais de ligação com Brasília e a outros meios de transporte.

Com a mudança, a pasta de transportes calcula que o número de ônibus circulando por linha dobre, passando de três para seis. Já está prevista a publicação de editais para 760 veículos. Outros 140 Veículos Leves sobre Pneus (VLP), que farão a ligação do Gama até Brasília, deverão ser colocados em licitação. Além deles, existem 300 veículos cuja licitação está sendo analisada pelo Tribunal de Contas do DF. Todas as licitações serão para permissões de uso, o que dará o poder para o governo suspender os contratos caso as empresas não cumpram o serviço. Os contratos serão de sete a dez anos, com possibilidade de prorrogação.


Leia mais na edição desta quinta-feira (09) do jornal de Brasília.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Locomoção individual supera a coletiva no DF

Atualizado em: Segunda-feira, 06/09/2010 às 10:21:23
Marina Marquez
marina.marquez@jornaldebrasilia.com.br
Com 1,3% da população nacional, o Distrito Federal já possui quase o dobro dessa porcentagem no que diz respeito a frota de veículos. Além disso, enquanto a média nacional de mobilidade urbana é de 30% de pessoas se locomovendo em transporte individual e 36% em transporte coletivo, a capital federal possui o inverso, 37% em veículos e 33% em transporte coletivo. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e, segundo especialistas, a tendência é que a situação piore nos próximos anos.
O estudo do Ipea sobre a mobilidade urbana nos últimos anos aponta que, entre os anos de 1998 e 2008, só aumentou a quantidade de venda de automóveis e motocicletas, cerca de 9% e 19% ao ano, respectivamente. Ao mesmo tempo, a proporção da população que é passageira de transporte público urbano diminuiu. Para o chefe do Laboratório de Ensino e Aprendizagem em Transportes (Leat) e do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru) da Universidade de Brasília (UnB), Victor Pavarino, um conjunto de fatores favorece o quadro de crescimento no transporte individual que o Distrito Federal vive. Entre eles o descaso político com o transporte público e o próprio desenho urbano da cidade. 
"Apesar dos recorrentes discursos de vários governos de que o transporte público seria prioridade, ele serve a uma população cujo poder de barganha é inferior ao das classes médias, que são usuárias de automóveis. Logo, há um descaso com o transporte. E além disso, o desenho urbano é pouco favorável à eficiência do transporte, uma vez que há um baixo índice de passageiros por quilômetro e longas distâncias sem renovação de passageiros", explica. 
Leia mais na edição desta segunda-feira (06) do Jornal de Brasília.
http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=296718

domingo, 5 de setembro de 2010

Nova EPTG

Obras na EPTG, primeiro semestre de 2010