segunda-feira, 31 de maio de 2010

Verba do Passe Livre está prestes a acabar novamente

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Dos R$ 6 milhões que o GDF transferiu para a Fácil na semana passada, metade foi utilizada em três dias. O resto do dinheiro começou a ser liberado hoje à tarde, mas não deve durar muito tempo.

O crédito para recarga no posto da Fácil no Setor Comercial Sul terminou no meio da manhã desta segunda-feira, dia 31. “A gente olha aqui para empresa e está o nome “fácil”, mas não sei para quem, porque para gente é só dificuldade”, disse o estudante Fábio Campos.

Na fila e sem notícias sobre um novo repasse de rercursos, o jeito foi improvisar. A estudante Suellen Santos resolveu descansar os pés. “Tem três horas que eu estou aqui. Eu cansei, não aguento mais, estou com o pé doendo”, relatou.

A filha da diarista Cledina Aparecida Ferreira tem direito a R$ 132 por mês de crédito, só que há 12 dias ela não consegue recarregar o cartão. “Eu estou na fila sem almoçar, sem tomar café, esperando para ver se o governo libera ou não”, explicou.

O estudante Pablo Sussmilch mora em Santa Maria e estuda no Plano Piloto. Ele diz que só tem R$ 3 reais para gastar com o transporte. “Esse é o dinheiro que eu tenho pra semana toda. Se o governo deixar a passagem por R$ 0,10 a gente vai para escola”, contou.

Em Taguatinga, o funcionário avisou que seria necessário aguardar novo repasse e as recargas foram suspensas. No começo da tarde, a fila dobrava o quarteirão. Por causa do calor, uma mulher passou mal e foi levada para o hospital.

A recarga só recomeçou às 15h, depois que o GDF depositou os R$ 3 milhões que faltavam do remanejamento de verbas da Secretaria de Transportes para a empresa. “Desde o dia 26 eu estou aguardando”, afirmou um estudante. “Depois de três horas que eu vim carregar, ainda não veio o valor certo: foi R$ 80 e era R$ 150”, reclamou outro.

De acordo com a Fácil, o dinheiro deve ser suficiente para liberar o Passe Livre para cerca de 31 mil estudantes. O GDF não faz previsão para nova transferência de recursos e espera que a Câmara Legislativa aprove o novo projeto de regulamentação do benefício, que está nas mãos dos deputados desde catorze de maio. Pela proposta que está sendo analisada na Câmara, só terá direito ao Passe Livre estudantes de famílias que ganham até três salários mínimos.


Flávia Marsola / Juarez Dornelles / Márcio Muniz 

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Estudantes fazem manifestação em frente aos postos da Fácil


PASSE LIVRE »
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, na terça-feira (25/5), o repasse de R$ 6 milhões, mas o dinheiro não foi depositado na conta da Fácil

Mariana Sacramento - Correio Braziliense
Publicação: 27/05/2010 09:12 Atualização: 27/05/2010 10:01
Estudantes do Distrito Federal fazem manifestações em frente aos postos da Fácil - empresa responsável pela bilhetagem eletrônica - em diversos pontos da cidade. Eles estão indignados com a impossibilidade de recarregar seus cartões do Passe Livre mesmo que uma verba de R$ 6 milhões já tenha sido aprovada.

No Setor Comercial Sul, por volta das 8h30, cerca de 100 manifestantes invadiram a via S-3, que liga a W3 Sul ao Eixo Sul, em frente ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Eles fizeram um cordão de isolamento, em toda a via, impedindo a passagem dos veículos.

Depois de negociar com os estudantes, a Polícia Militar conseguiu liberar, por volta das 9h10, um retorno da via S-3. Assim os motoristas podem procurar um caminho alternativo para chegar à W3 Sul. Na tentativa de seguir a viagem, alguns condutores passaram por cima dos canteiros, das calçadas, provocando uma confusão no trânsito.

Por volta das 9h20, os motoristas, revoltados, tentaram passar por cima dos manifestantes. Então, a PM fechou as duas pistas, tanto a que liga a W3 Sul ao Eixo Sul, quanto no sentido inverso. Essas vias ficam entre o HBDF e o Setor Comercial Sul (SCS). 

Os caminhos alternativos para os motoristas são a via S-2 e a rua das farmácias, no SCS. Segundo a PM, a previsão é de que as vias fiquem fechadas até pelo menos às 11h30.
 
Em frente ao posto da Fácil de Taguatinga, há mais de 60 estudantes também protestando pela falta de recarga.  Algumas pessoas chegaram aos locais às 5h30 para tentar abastecer seus cartões. No entanto, funcionários da Fácil informam que hoje não haverá recarga.

Entenda 
Os alunos estão sem recarga desde o dia 19 de maio, quando acabou o repasse emergencial de R$ 636 mil feito pelo Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTRans). Na semana passada, o governo enviou à Câmara Legislativa um Projeto de Lei para que R$ 6 milhões do orçamento da Secretaria de Obras sejam remanejados para atender à demanda do Passe Livre.

O repasse foi aprovado pelos parlamentares na terça-feira (25/5) e deveria ter sido depositado na conta da Fácil até ontem, para que os cartões já pudessem ser recarregados hoje. No entanto, segundo o GDF, a Câmara não terminou a redação final do Projeto de Lei e, sem a versão definitiva, o governador não pode sancionar a lei e permitir o depósito.
 
Segundo a assessoria de imprensa da empresa, mesmo que o dinheiro entre na conta na tarde de hoje, a recarga só poderá ser feita a partir de sexta-feira (28/5). A Fácil afirma, ainda, que o repasse de R$ 6 milhões deve acabar muito rápido e não há previsão para nova remessa. Ao todo, 32.600 alunos estão sem crédito e, para que todos eles consigam recarregar, é necessária uma verba de R$ 3,2 milhões. 

Assim que a verba entrar na conta, a Fácil ampliará os horários e os dias de atendimento. Caso o dinheiro seja depositado hoje, os postos funcionarão no sábado (29/5).  Se a liberação ocorrer apenas amanhã, o atendimento será na próxima segunda-feira (31/5).

Aguarde mais informações

terça-feira, 25 de maio de 2010

DFTrans apreende quatro veículos realizando transporte pirata nesta manhã




Publicação: 24/05/2010 10:07 Atualização: 24/05/2010 10:41 - Correio Braziliense
Quatro veículos piratas foram apreendidos, na manhã desta segunda-feira (24/05), durante uma fiscalização do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). A blitz aconteceu entre 8h e 9h nas proximidades da Rodoferroviária. Participaram da operação quatro fiscais do órgão e quatro policiais militares.

De acordo com os dados da assessoria de impresa do DFTrans, desde janeiro deste ano, 441 veículos piratas já foram apreendidos. Destes, apenas um ônibus foi flagrado transportando passageiro de forma irregular - os outros 440 são carros de passeio.

As fiscalizações de transporte pirata acontecem de duas a três vezes ao dia, sem aviso preliminar. A intenção é surpreender os motoristas, segundo o DFTrans.

Após a apreensão, os veículos são encaminhados ao depósito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). A multa varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil e pode sofrer alterações, de acordo com a reincidência. Caso seja pego novamente pela prática, o valor da multa aumenta para R$ 3 mil, ou R$ 1 mil a mais a cada nova apreensão. O veículo só pode ser retirado após o pagamento da dívida.

O número de reincidentes é grande. Segundo o órgão, eles tratam como negócio, já tem todo um esquema de monitoramente de rádio e, em alguns casos, até dividem a multa.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Convênio no transporte público


21/5/2010
Jornal de Brasília

O Governo do Distrito Federal e 11 cidades do Entorno reforçam a parceria. Após fecharem acordos relativos à saúde, prefeitos e GDF discutem, agora, um novo convênio para o transporte público que liga o DF às cidades de Planaltina de Goiás, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.
 
O convênio deve beneficiar milhares de usuários do transporte público das cidades do Entorno. Seu principal objetivo é a mudança do atual sistema. Entre as propostas em discussão estão a cobrança de passagem igual à tarifa praticada no DF, o direito do estudante morador do Entorno pagar um terço do valor da passagem e a valorização dos idosos e cadeirantes com adaptações nos veículos, similares às utilizadas na capital.
 
Segundo o representante dos prefeitos das cidades envolvidas, José Olinto Neto, de Planaltina de Goiás, toda a documentação para firmar o convênio está devidamente regularizada no Transporte Urbano do Distrito Federal (DF-Trans), faltando apenas a assinatura do governador Rogério Rosso. "O convênio não implicará em custos adicionais ao GDF e deverá gerar dois mil empregos diretos", diz o prefeito.

ACESSIBILIDADE
O prefeito questiona também que nenhuma das empresas que circulam no Entorno tem ônibus adaptado para transporte de ca-deirante e afirma que os idosos são transportados de forma inadequada. Antonio Francisco Alves, 33 anos, é cadeirante e todos os dias sai de Planaltina de Goiás para trabalhar no DF. Ele se queixa que é muito difícil o acesso aos ônibus.

Repasse de R$ 6 milhões para Passe Livre só será votado na semana que vem




Mariana Sacramento
Publicação: 20/05/2010 16:43 Atualização: 20/05/2010 20:54 - Correio Braziliense
Começou por volta das 16h15 a Comissão Geral que discutiu o projeto de lei, proposto pelo governador Rogério Rosso (PMDB), que estabelece um limitador social para a concessão do Passe Livre Estudantil. Além dos deputados distritais, participaram do debate representantes da Fácil – empresa responsável pelas recargas –, uma comissão de estudantes e o secretário de Transporte, Gualter Tavares Neto.

A entrada de 300 estudantes foi liberada para acompanhar a audiência: 150 assistiram ao debate na galeria e o restante no auditório. Houve um princípio de confusão quando os alunos que ficaram do lado de fora tentaram forçar a entrada na Casa. A Polícia Militar conseguiu conter o tumulto.

Segundo o integrante do Movimento Passe Livre, Mauro Paiva Lins, a Comissão Geral mostrou a posição dos estudantes. "Teve um impacto positivo para mostrar que a totalidade dos estudantes são contrários à restrição do passe livre, e só o governo é favorável", diz. Para ele, ficou claro que "o problema do passe está numa dificuldade da gestão e não do público".

Pelo projeto, terão acesso gratuito ao transporte apenas os estudantes com renda familiar mensal de três salários mínimos (R$ 1.530). Entre as propostas, está o acesso do governo, por meio do DFTrans, aos cadastros feitos pela empresa Fácil, assim como a relação dos créditos efetivamente utilizados pelos beneficiários. O projeto foi protocolado em regime de urgência na última quinta-feira (13).

O deputado Paulo Tadeu, ao encerrar a Comissão Geral apresentou como encaminhamento dos debates a convocação para a próxima sexta-feira (28), de um novo encontro envolvendo estudantes, empresários, governo e distritais, onde serão analisadas as planilhas de custos do sistema.

Novo repasse
A expectativa do líder do governo na Câmara, Aguinaldo de Jesus (PRB), era de que o novo repasse proposto pelo governo nesta quarta-feira (19) fosse votado em sessão extraordinária, ainda hoje. Contudo, os deputados da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa decidiram votar na próxima reunião, na terça-feira (25), o projeto de lei 1577/2010, do GDF, que destina crédito suplementar ao Passe Livre. 

Prevaleceu entre eles o entendimento de que, como o projeto não deveria ser votado hoje em plenário, a votação na Comissão deveria ser também adiada, para melhor discussão. A proposta deverá ser apreciada em plenário no mesmo dia.

O crédito transfere R$ 6 milhões, originalmente destinados à Secretaria de Obras, para a empresa Fácil. Na última terça-feira (18/5), a Fácil recebeu do GDF o repasse de R$ 636 mil. No entanto, o dinheiro acabou na manhã de quarta-feira (19/5). Segundo a assessoria da empresa, desde então os estudantes estão novamente com a recarga suspensa.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Governo libera R$ 636 mil para recarga dos cartões do passe livre estudantil




Publicação: 18/05/2010 17:20 Atualização: 18/05/2010 17:55 - Correio Braziliense
O governo do Distrito Federal depositou na conta da empresa Fácil, gestora do programa de liberação de crédito do Passe Livre, R$ 636 mil para abastecer os cartões dos estudantes, nesta terça-feira (18/5). Os R$ 2 milhões liberados pelo GDF, na última sexta-feira (14), devem durar somente até hoje, já que R$ 1,945.236 milhão já foi usado para abastecer os cartões de 20.545 estudantes, nos últimos três dias.

Os gastos com o programa superaram o valor planejado e fizeram o governo decidir cancelar o convênio com a Fácil. A previsão era de que R$ 50 milhões por ano cobririam os gastos com o Passe Livre, mas apenas entre fevereiro e abril deste ano o governo gastou R$ 23 milhões. A escolha da nova operadora do programa será feita por licitação. 

A decisão foi tomada a partir de análise da Procuradoria-Geral do DF, que considerou inadequado o convênio com a Fácil. A expectativa é que o processo licitatório esteja concluído em 90 dias. A Corregedoria e o DFTrans começaram ontem uma auditoria no sistema para analisar os cadastros e o processo de liberação do Passe Livre. 

Movimento Passe Livre

Nesta segunda-feira (17), estudantes do DF se reuniram e criaram um Comitê em Defesa do Passe Livre Estudantil. A partir desta quinta-feira (20), várias manifestações pela manutenção do benefício estão previstas. "Estamos indo às ruas para garantir o acesso ao passe livre pelos estudantes e que seja financiado pelo governo", explica o integrante do Movimento Passe Livre, Mauro Paiva Lins.

Para ele, os problemas no orçamento do benefício estão na empresa gestora. "Além de tercerizada, a Fácil pertence aos donos de empresas de transporte. O governo não tem controle algum sobre quem está utilizando o passe livre", diz Mauro. 

O projeto de lei proposto pelo governador Rogério Rosso (PMDB), que limita a concessão do benefício para aqueles com renda familiar de até três salários mínimos (equivalente a R$ 1.530), também é alvo de críticas. "O transporte é direito e não mercadoria. Essa proposta seria o mesmo que dizer que só tem direito a ser atendido pelo hospital público pessoas que recebam até três salários mínimos", critica o integrante do movimento passe livre. O projeto deve ser lido em plenário nesta quarta-feira (19).

Segundo Mauro Paiva, na quinta-feira (20) está prevista uma audiência pública na Câmara Legislativa para debater o assunto e na sexta (21) um ato em Ceilândia. Na próxima terça-feira (25), o grupo vai realizar uma manifestação, às 10h, em frente ao Palácio do Buriti e na quarta (26), às 17h, na Rodoviária do Plano Piloto.