Expresso Brasil

Expresso Brasil Ltda.
1957 - 1962

Histórico

As primeiras empresas de transporte coletivo de Brasília foram fundadas por proprietários de pequenas empresas de ônibus e carga ou motoristas autônomos donos de um veículo, exemplo das empesas Expresso Brasil, Viação Pioneira, Machado, Jussara e Meireles.


Brasília em novembro de 1957
Foto M.Fontenelle / Revista Brasília


Em março de 1958, o Núcleo Bandeirante era servido por uma linha de ônibus da Expresso Brasil Ltda, com 8 carros e tarifa mínima de Cr$ 5,00.

Em 24 de janeiro de 1960, a Expresso Brasil de propriedade dos sócios Zeke Abílo Beze (o popular Zico) e Ignácio Beze, coloca em operação 11 novos ônibus monobloco Mercedes- Benz, passando a contar com frota de 25 veículos e 80 funcionários, tornando se a empresa exemplar no serviço de transporte coletivo do Distrito Federal. A empresa explorava a linha Núcleo Bandeirante – Palácio da Alvorada, com intervalos de 7 minutos nos dias úteis.

Em outubro de 1960, a Expresso Brasil era a maior empresa de ônibus do Distrito Federal. Operava a linha Cidade Livre - Palácio com 40 carros.


Divulgação em 1960


A Expresso Brasil contava também com um ônibus de turismo equipado com som interno para o transporte de turistas, muito requisitado pelas companhias aéreas e pela própria Novacap. A empresa dispunha de oficina própria para a manutenção de seus veículos. Além dos 11 novos ônibus, a empresa aguardava a chegada de mais 15 novos ônibus. Em função dos bons serviços prestados à população e por ter sido a empresa pioneira no ramo, solicitava a exclusividade na operação da linha Núcleo Bandeirante – Palácio da Alvorada, além do interesse em também operar a linha existente Núcleo Bandeirante – Fundação Casa Popular.

Em outubro de 1960, as linhas circulares 1 e 2 do Plano Piloto passaram a ser operadas pela Expresso Brasil, substituindo a empresa Machado. 

A Expresso Brasil recebia da Prefeitura do Distrito Federal duzentos cruzeiros por viagem, como auxílio financeiro. Mesmo assim, em função da maior rentabilidade das linhas das cidades satélites, a Expresso Brasil quebrava o contrato de aluguel feito com a Prefeitura, transferindo, no horário de pico, parte dos carros das linhas circulares para as linhas das cidades satélites, resultando em longas filas de espera e ônibus superlotados no Plano Piloto. A espera chegava até 1 hora e meia. Normalmente as duas linhas, juntas, operavam com 3 ou 4 ônibus, com a retirada apenas 1 carro circulava em cada linha. Em função da tolerância nas concessões e da falta de fiscalização, as empresas de ônibus abusavam.

Em 7 de novembro de 1960, a Expresso Brasil iniciou, a título precário, suas operações na linha Rodoviária -Gama via subprefeitura do Núcleo Bandeirante, com apenas 2 horários diários por sentido. Os ônibus partiam da Rodoviária do Plano Piloto às 7h e 13h e retornavam às 10h e 17h. O recém-criado loteamento do Gama contava com cerca de 2 mil famílias, transferidas de invasões do entorno do Plano Piloto.

Em 4 de janeiro de 1961, a TCB iniciou suas operações na linha circular Rodoviária-JK-W3, substituindo a Expresso Brasil.

 
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Rodoviária do Plano Piloto por volta de 1961
Foto Marcel Gautherot
Coleção IMS


Em março de 1962, a Expresso Brasil explorava a linha Rodoviária do Plano Piloto - Taguatinga.

Garagem: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) Quadra 2 Lotes 105, 115, 125 e 135.
 

REFERÊNCIAS:

Serviços de ônibus péssimo e caro. O Globo. Rio de Janeiro. 10 maio 1960.

Gama só dois ônibus. Correio Brasiliense. Brasília. 28 dezembro 1960. p.2.

Parada a bala. Correio Brasiliense. Brasília. 29 março 1962. p.6.

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