sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Das 11 empresas que disputam as três bacias, cinco atuam fora da capital

13/02/2013 - Correio Braziliense

Ao todo, 11 grupos apresentaram no dia 04, propostas para explorar as três bacias restantes do Sistema de Transporte Coletivo do Distrito Federal. O Governo do DF deu continuidade à licitação, com o recebimento de documentos de empresas da capital federal e até de outras unidades da Federação, como Goiás, São Paulo, Paraná e Maranhão. No fim do ano passado, foram fechados os contratos para a exploração de duas bacias. "Esperamos que, em 70 dias, possamos assinar os restantes e começar a preparar o início da nova operação", explicou o secretário-adjunto de Transporte do DF, Luiz Fernando Messina.

O edital foi reaberto em 2 de janeiro e a procura foi significativa. Ao contrário das outras duas bacias, quando a presença de grupos de fora foi tímida, dessa vez o interesse foi bem maior. "Há empresas com experiência no transporte de outras capitais, como Goiânia, e até grupos que operam no Entorno do DF, como a Taguatur", acrescentou Messina. Ele explicou que a partir de agora a documentação será analisada para, depois, seguir para a fase da habilitação.

A Viação Planalto Ltda., do grupo Canhedo, apresentou propostas para essa nova fase e, assim como das outras vezes, também tentou suspender o processo. No último fim de semana, a empresa, que já explora linhas no atual sistema, entrou com um pedido de liminar no Tribunal de Justiça do DF e Territórios, que acabou sendo indeferida.

O adjunto da Secretaria de Transportes entende que, caso todos os prazos sejam cumpridos, é possível que os primeiros ônibus já iniciem sua operação no início do segundo semestre. "É claro que, depois disso, precisaremos de um prazo maior a fim de fazer a adaptação ao novo sistema, que passará por uma integração e para um modelo tronco-alimentador", disse Messina. O modelo hoje é de exploração por linhas, e no novo sistema, passará a ter eixos principais. "Será um desenho mais organizado", conclui.

Empresas concorrentes

Viação Piracicabana Ltda. (Bacia 1), Consórcio Grupo Empresarial Sogima (bacias 1 e 4), Viação Marechal Ltda. (bacias 1, 3 e 4), Transportes OK Ltda. (bacias 1, 3 e 4), Taguatur (bacias 1, 3 e 4), Consórcio HP-Ita (bacias 1, 3 e 4), Viação Planalto Ltda. (bacias 1, 3 e 4), Viação Cidade Brasília (bacias 1, 3 e 4), CooperBrasília (bacias 1, 3 e 4), Consórcio Metropolitano (bacias 1, 3 e 4) e Empresa de Transportes Vera Cruz (bacia 1).

Fonte: Correio Braziliense

sábado, 9 de fevereiro de 2013

GDF deve anunciar vencedora da Bacia 2 nos próximos dias

14/12/2012 - DFTrans

Governo do DF consegue derrubar liminar concedida a empresa inabilitada. A abertura dos envelopes com propostas das candidatas a operar a Bacia 2 do novo Sistema de Transporte Coletivo foi realizada nesta quinta-feira (13).

O GDF conseguiu manter o compromisso, firmado pelo governador Agnelo Queiroz, de licitar o Novo Sistema de Transporte Público Coletivo. Por meio da Procuradoria-Geral do Distrito Federal, derrubou, no início da noite desta quinta-feira (13), a liminar concedida à Viação Planalto (Viplan) que suspendia a concorrência pública. A decisão é da 8ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal.

O grupo de Wagner Canhedo Filho alegava não ter tido acesso à resposta do governo ao recurso contra a decisão de inabilitação da empresa. A Viplan foi considerada inapta por não apresentar atestados de regularidade tributária e trabalhista.

Em pouco mais de uma tarde, o GDF comprovou na Justiça a fragilidade dos argumentos apresentados pela empresa e derrubou a liminar. Dessa forma, a abertura dos envelopes – que estava marcada para a manhã de hoje – teve prosseguimento e foi realizada no início da noite.

"Esse processo, que respeitou as decisões judiciais, representa um avanço na determinação do governo em expandir e modernizar o sistema de transporte público, por meio de um processo licitatório que prioriza o serviço de qualidade ao cidadão", destacou o secretário de Transportes, José Walter Vasquez.

As duas empresas aptas a concorrer pela Bacia 2, Viação Pioneira Ltda e Expresso São José, tiveram os envelopes com suas propostas financeiras abertos. Com isso, o processo licitatório avançou, passando da fase de habilitação para a de análise das propostas.

A partir de agora, a Comissão de Licitação vai estudar as propostas apresentadas pelas duas empresas. Não há prazo legal para divulgação do resultado, mas o GDF, por meio da Secretaria de Transportes, garantiu o empenho em dar celeridade ao processo licitatório.

A empresa vencedora vai operar com frota de 640 ônibus nas regiões do Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, parte do Park Way, Jardim Botânico e Itapoã.

Viplan – Com histórico de reclamações sobre a má qualidade dos serviços prestados à população, a empresa está entre as maiores devedoras da Justiça brasileira. Na licitação do transporte público do Distrito Federal – a primeira realizada em 50 anos –, o grupo conseguiu participar também por meio de liminar, e desde então vem buscando os meios judiciais para se manter na concorrência.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Aprovada a flexibilização do uso das faixas exclusivas para ônibus

14/12/2012 - Jornal de Brasília

Uma boa notícia aos motoristas que sofrem com os congestionamentos ao longo do dia em diversas vias do Distrito Federal. As faixas exclusivas para ônibus, que nos horários de baixo movimento ficam praticamente sem fluxo de veículos poderão ser usadas pelos condutores em horários específicos. As faixas exclusivas estão implantadas na EPTG, EPNB, W3 Sul, W3 Norte e Setor Policial Sul.

A autorização partiu do plenário da Câmara Legislativa em votação realizada na noite desta quinta-feira (13). O Projeto de Lei 759 de 2012 fixou os horários de 6h30 às 9h e de 17h30 as 19h30. Nessas faixas de hora é proibida a circulação de veículos não autorizados na via.

Fonte: Jornal de Brasília
Rafael Martins às 13:29
Compartilhar

Um comentário:

Anônimo14 de dezembro de 2012 15:44
Finalmente uma boa notícia para diminuir o caos instalado por essas malditas faixas.

No Dist. Federal, 11 novas empresas de ônibus apresentaram propostas para participar da licitação

06/02/2013 - G1

A Secretaria de Transportes recebeu nesta segunda-feira (4) propostas de 11 novas empresas apresentaram propostas para participar da licitação que definirá quem vai operar as linhas de ônibus das bacias 1, 3 e 4 do Distrito Federal.


Nesta segunda-feira (4) os envelopes foram abertos, assinados e em seguida lacrados novamente. Entre as candidatas, pelo menos cinco empresas são de fora do DF.

Só passarão para a próxima etapa da licitação as empresas que tiverem a documentação aprovada pela Comissão Especial de Licitação. Não há prazo para que a comissão avalie as propostas.

Mesmo depois de seguidas derrotas na Justiça, a Viplan apresentou nova proposta. Na sexta-feira (1º) trabalhadores da empresa fecharam acessos da Rodoviária do Plano Piloto em protesto contra a decisão judicial.


As três bacias que estão nesta licitação são a 1, que inclui Brasília, Sobradinho, Planaltina, Lago Norte e Sudoeste, 3, que engloba Samambaia e Recanto das Ema, e a 4, que cobre as regiões de Ceilândia, Guará e Águas Claras.

Somando todas as cinco regiões, cerca de 3 mil novos ônibus circularão pelo Distrito Federal.

Informações: G1 DF

domingo, 3 de fevereiro de 2013

DFTrans avalia como satisfatório primeiro dia de integração dos ônibus

22/01/2013 - DFTrans

O primeiro dia da integração do transporte coletivo do Distrito Federal apresentou balanço positivo. Como todo início de nova operação, ajustes pontuais foram necessários e começaram a ser providenciados já nesta segunda-feira (21). A iniciativa beneficia cerca de 40 mil usuários das 57 linhas de ônibus que fazem o trajeto Ceilândia e Taguatinga com destino ao Plano Piloto, Guará I e II, Octogonal, Núcleo Bandeirante e Rodoviária Interestadual.

Readequar horários dos motoristas e itinerários, definir com precisão o momento de chegada dos ônibus nas paradas e informar cada vez mais a população sobre a nova estratégia de modernização do transporte coletivo no DF já foram medidas adotadas desde hoje. Ao todo, 150 mil panfletos são distribuídos à população nas paradas com orientações sobre as mudanças no sistema, os horários do transporte e os ônibus que fazem parte da integração.

Segundo o diretor técnico do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Lúcio Lima, o acompanhamento das linhas será feito diariamente, para garantir melhor qualidade ao serviço. "Toda grande mudança gera expectativa e certo desconforto no primeiro momento. Os ajustes ocorrem à medida que identificamos os problemas iniciais, para resolvê-los o mais rápido possível", afirmou Lima. "Mas esse primeiro dia superou nossas expectativas. Registramos menos problemas que o esperado", ressaltou.

Orientações - Uma equipe com cerca de 20 funcionários do DFTrans presta atendimento aos usuários nos principais pontos de ônibus na rota das linhas de integração. Das 8h às 17h, os servidores ficam em paradas do centro de Taguatinga (Praça do Relógio, em frente ao Bradesco e logo depois do viaduto), na Octogonal, no Complexo da Polícia Civil, próximo ao Parque da Cidade, e na Rodoviária do Plano Piloto. Eles tiram dúvidas, recebem e anotam sugestões dos usuários.

Outros 10 pesquisadores do DFTrans também fazem rondas nas paradas, com o objetivo de melhorar o fluxo de veículos e identificar possíveis problemas. A previsão é que as equipes do órgão permaneçam nos pontos de ônibus até a próxima quarta-feira (23).

"Mas o prazo pode ser estendido, depende da necessidade", destacou o diretor técnico da autarquia. A expectativa é que, após a avaliação do sistema, o atendimento seja ampliado, inclusive nos horários de pico.

Valor - A partir de agora, o passageiro pagará, pelas duas viagens, apenas o valor correspondente ao bilhete do percurso mais longo (ligação), desde que a troca de ônibus seja feita em até duas horas. Antes, o usuário que utilizava dois ônibus para chegar a seu destino pagava pelo menos R$ 2 pelo menor trecho e R$ 3 nas linhas de ligação. Agora, ele gastará, no máximo, R$ 3 pelas duas viagens.

Inicialmente, o serviço ficará disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; aos sábados, das 8h à meia-noite; e aos domingos e feriados, das 6h à meia-noite.

A integração só vale entre um circular e uma das novas linhas de ligação. Os ônibus que fazem parte do novo sistema são identificados no painel frontal dos veículos.

Cartão – No sistema integrado, a passagem pode ser paga por meio dos cartões Cidadão, Passe Livre Estudantil e Vale-Transporte, sem necessidade de troca. Eles são válidos para qualquer linha de ônibus. A recarga é feita nos postos do DFTrans ou em uma das 56 lojas conveniadas com o Banco de Brasília (BRB) em Taguatinga e Ceilândia. Quem não possui esses cartões pode adquirir um, gratuitamente, em algum posto de atendimento do Transporte Urbano do Distrito Federal. A primeira carga custa R$ 10.

Fonte: DFTrans

Câmara Legislativa autoriza GDF contrair empréstimo de R$ 1 bilhão para construção do BRT Norte

14/12/2012 - Jornal de Brasília

O GDF emplacou dois projetos de relevância no último dia de votações na Câmara Legislativa. Recebeu autorização para empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construção do Bus Rapid Transport (BRT) Norte, para ligar Plano Piloto, Sobradinho e Planaltina. Poderá também captar R$ 498 milhões do Programa Minha Casa Minha Vida para moradia popular.

O BRT Norte poderá ser sobre pneus ou sobre trilhos. O BRT Sul já está em construção, para a ligação de Gama, Santa Maria e Brasília. Foram aprovados mais três projetos no PAC da Mobilidade, do Governo Federal, contemplando a parte Sul, o túnel de Taguatinga e a expansão do Metrô até a Asa Norte.

"Uma das áreas mais sensíveis do transporte coletivo estava de fora, a região Norte", comentou o relator do texto do projeto, deputado distrital Cláudio Abrantes, atualmente sem partido. De acordo com o parlamentar, a área é uma das que mais sofrem com problemas de trânsito. "É uma das cidades mais distantes. Por conta disso, os ônibus têm trajetos maiores e o custo é maior. Os ônibus que circulam por lá são mais antigos", ressaltou.

De acordo com ele, o BNDES vai emprestar o dinheiro para que o governo comece a obra ainda em 2013. "Serão faixas exclusivas, com veículos articulados e terminais de integração", detalhou.

Fonte: Jornal de Brasília

Entenda como funciona um sistema integrado tronco-alimentado e o atual serviço de linhas diretas

30/01/2013 - Correio Braziliense

Por Rafael Martins

E o sistema de transporte coletivo vai passar por grandes mudanças advento da licitação do setor. Faltando ainda licitar 3 bacias, o GDF começou a implantar, em fase de testes, a integração temporal na região de maior demanda do DF: O Eixo Oeste, que compreende Ceilândia e Taguatinga.

Além da integração temporal, está sendo implantado o sistema tronco-alimentado de transporte, em que as linhas circulares (alimentadoras) de Ceilândia e Taguatinga Norte/Sul vão até Taguatinga Centro (ponto de integração) e de lá o passageiro pega as linhas de ligação (troncais) até o Plano Piloto, sem pagar uma segunda tarifa no segundo embarque. Os pontos de ônibus de Taguatinga Centro, em tese, deixam de ser pontos de embarque/desembarque e passam a ser estações de conexão. [Mais detalhes, adiante no texto]

Com mais de 900 linhas em operação, a rede de transportes da capital caracteriza-se por serviços diretos das satélites para o Plano Piloto. Estas linhas que convergem para o centro, são chamadas de radiais. Apesar de serem mais rápidos na ótica do usuário, os serviços diretos causam uma sobreposição de itinerários. Isto significa que apesar de [o ônibus] sair de diferentes localidades nas satélites, as linhas utilizam o mesmo sistema viário a caminho do mesmo destino, o Plano Piloto. É visível e evidente o congestionamento de ônibus em vias como a W3 e a própria Rodoviária do Plano Piloto nos horários de pico. Além disso, os serviços diretos acarretam na baixa produtividade do sistema de transporte, falta de integração operacional e tarifária além de elevados intervalos entre as viagens, principalmente nos entrepicos.

Outro fator negativo dos serviços diretos é a ociosidade da frota. Segundo dados e relatórios do PDTU (Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e Entorno), "a demanda diária se distribui de forma irregular ao longo do dia, com elevadas concentrações no período das 06h00min às 08h30min e das 17h00min às 19h00min, que são considerados os horários de pico. Fora destes horários e, principalmente das 08h30min às 17h00min, considerado horários de entre picos, a demanda cai significativamente, obrigando praticamente a paralisação de cerca de 40% da frota operante área central de Brasília, onde se concentram 66% dos empregos. Centenas de veículos de todas as empresas operadoras ficam estacionados junto ao Estádio Mané Garrincha e no Centro Olímpico de Brasília das 08h40min às 16h40min, aguardando o pico da tarde para retornar à operação. Essa ociosidade dos equipamentos durante parte do dia é uma das causas do alto valor da tarifa, uma vez que, o custo total do serviço, incluindo custos de capital, é rateado pelo número de passageiros pagantes".

O Sistema Integrado de Transporte do Distrito Federal tem como conceito básico um modelo físico-operacional tronco-alimentado, com integração tarifária aberta de validade temporal (duas horas). A implantação de sistemas integrados, conforme explica o Guia do Plano de Mobilidade do Ministério das Cidades (PlanMob), traz benefícios à rede de transporte coletivo, ampliando a mobilidade e a acessibilidade dos usuários e otimiza as redes com:

- Racionalização do uso do sistema viário nos corredores de tráfego, na área central e em sub-centros;

- Possibilidade de uso de veículos de maior capacidade, reduzindo a frota em circulação e, conseqüentemente, os custos operacionais, a emissão de poluentes e solicitação do sistema viário;

- Redução do número de linhas em circulação nas áreas de tráfego congestionado, com reflexo na quantidade de veículos que demandam os pontos de parada em percurso ou nos terminais de retorno;

- Redução da ociosidade da frota operando em linhas sobrepostas, com reflexo nos custos da operação;

- Melhor articulação da rede de transporte coletivo, oferecendo mais opções de viagens para os usuários pela possibilidade de integração entre duas ou mais linhas, em estações de integração e pontos de conexão;

- Melhor legibilidade da rede de transporte pelos usuários, pela simplificação dos atendimentos na malha viária principal e nas regiões periféricas e pela concentração das linhas em pontos notáveis.

Mas o sistema integrado de transporte tem suas desvantagens. A principal, pela ótica do usuário é chamado de transbordo compulsório, ou seja, um transbordo forçado em que o passageiro é obrigado a desembarcar em determinado ponto (pode ser uma estação de conexão ou terminal de integração) para poder embarcar no segundo ônibus e seguir até seu destino, claro sem pagar uma segunda tarifa. Isto gera uma resistência dos usuários, seccionamento de linhas consolidadas e perda de tempo ou de conforto na viagem. Segundo o Guia PlanMob, estes problemas devem ser eliminados ou, pelo menos minimizados, no planejamento da rede.

Apesar do sistema de transporte do DF ser dotado de bilhetagem eletrônica, a integração temporal era até então algo inexistente. De acordo com o Guia PlanMob, antes da adoção da bilhetagem eletrônica, as integrações davam-se em grandes terminais, como a Rodoviária do Plano Piloto. O Guia esclarece que "mesmo não sendo imprescindíveis, e podendo ser simplificados e ter suas dimensões reduzidas, terminais, estações de transferência ou até pontos de parada com tratamento urbanístico adequado são equipamentos urbanos importantes de suporte aos sistemas integrados, oferecendo conforto, segurança e serviços de apoio aos usuários e aos operadores. As dimensões e características funcionais destes equipamentos urbanos de integração variam em função do tamanho das cidades, da característica da rede proposta e do modelo operacional de integração, dos volumes de oferta e de demanda, independente da adoção de sistemas de bilhetagem automática."

Em entrevista à Agência Brasil, Joaquim José Guilherme de Aragão, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em política de transporte, diz que a integração é positiva porque, além de beneficiar o usuário, "enxuga" a frota. "No Distrito Federal, por exemplo, onde hoje há 900 linhas, dá para ter 200. Brasília tem uma rede viária coesa", explica. Artur Morais, pesquisador da UnB e especialista em políticas públicas de transportes, destaca que integrar gera custos para o operador e por isso é preciso realizar pesquisas antes de implantar o sistema. "É preciso compensar. Em vez de fazer viagens muito longas, a empresa pode fazer viagens menores com maior quantidade de passageiros. Com isso, é possível reduzir as viagens deficitárias", disse.

O sistema tronco-alimentado não significa o fim das linhas diretas, sim um equilíbrio entre os serviços diretos, troncais e alimentadores. É o princípio da racionalização do sistema, que contempla também a implantação de corredores preferenciais e exclusivos, adequação da frota (tipo de ônibus) à demanda; ou seja veículos de maior capacidade nos eixos troncais, veículos normais convencionais nas demais linhas e veículos menores em áreas de baixa densidade. Com isso realiza-se um maior número de viagens e têm-se maior capilaridade do sistema.

Brasília já teve sistema integrado na década de 1980

E a capital do país já possuiu um sistema integrado de transporte coletivo. Em 2010, o Blog Rede Integrada mostrou tal fato no Especial Brasília 50 anos.

O início do sistema de integração deu-se em 1981 através da implantação de terminais fechados em Taguatinga (Taguacenter) e Sobradinho. O terminal de Taguatinga atendia inclusive a linha de Brazlândia. Em função da superlotação dos ônibus, o sistema não foi aceito pela população, sendo mais tarde desativado.

O sistema adotado na época foi inspirado nas cidades de Curitiba e Goiânia, pioneiras na implantação do sistema de integração, através de terminais fechados, no Brasil. Em tempos que nem pensava-se em bilhetagem eletrônica, um sistema de integração exigia a construção de grandes terminais de transbordo.

DF: Confusão atrapalha estreia do novo sistema de transporte

Confusão atrapalha estreia do novo sistema de transporte

22/01/2013 - Jornal de Brasília

O primeiro dia de funcionamento do novo sistema de integração de transporte no Distrito Federal foi confuso para a maior parte dos passageiros. A novidade está sendo implementada para beneficiar usuários que se deslocam de Ceilândia e Taguatinga no sentido Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano e W3), Guará, Núcleo Bandeirante, Octogonal, Rodoviária Interestadual e Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Duas viagens serão feitas a R$ 3.

Depois de avaliar o primeiro dia do novo sistema, o GDF anunciou que vai readequar horários dos motoristas e itinerários, definir com precisão o momento de chegada dos ônibus nas paradas, e informar cada vez mais a população sobre a nova estratégia de modernização do transporte coletivo no DF.

Ao todo, 150 mil panfletos serão distribuídos à população nas paradas com orientações sobre as mudanças no sistema, os horários do transporte e os ônibus que fazem parte da integração.

Estreia

Na estreia do sistema, o Jornal de Brasília acompanhou o percurso de dois passageiros. Em diversas paradas, usuários de ônibus tiveram dificuldades de entender as mudanças, que envolvem cerca de 40 mil pessoas.

Moradora de Taguatinga Norte, Maria Aparecida da Rocha, de 51 anos, trabalha no Plano Piloto como comerciária. Antes da integração, ela pegava dois ônibus para chegar ao destino. O custo era de R$ 5. Com o novo sistema, ela acredita que além de economizar na passagem, o tempo de espera vai diminuir. "São mudanças que temos que nos adaptar, ainda mais se for para melhor", revelou.

Em sua primeira experiência, a passageira teve que pegar um ônibus para o centro de Taguatinga. Em seguida, ela embarcou em um ônibus semiexpresso, que não demorou a passar.

O tempo que a comerciária gastava para chegar ao seu destino girava em torno de 30 minutos. Ontem, a viagem durou 20 minutos até o final do Eixo Sul.

O laminador de piscina Arisvaldo Santana, de 33 anos, achou as explicações confusas e chegou atrasado ao serviço, em Vicente Pires. Por volta das 7h, ele chegou à parada de ônibus, no Setor O, e se viu sem opções para a EPTG. "Não soube o que fazer. "Acabei gastando mais e vou chegar atrasado", lamentou.

Fonte: Jornal de Brasília

DF: Posto móvel do DFTrans venderá cartões da integração no centro de Taguatinga

Posto móvel do DFTrans venderá cartões da integração no centro de Taguatinga

22/01/2013 - DFTrans

A partir desta quarta-feira (23) até sexta-feira (25), o posto móvel do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) ficará no centro de Taguatinga,das 8h às 17h. A unidade estará na Praça do Relógio, em frente à Administração Regional e às paradas dos ônibus, atendendo aos usuários do Sistema de Transporte Coletivo com a comercialização dos cartões para integração entre Taguatinga/Ceilândia ao Plano Piloto e demais regiões.

Os Bilhete Único custa R$ 10 e o valor já é saldo para utilização nas linhas do sistema. É possível colocar mais crédito no cartão para atender à necessidade do usuário.

A integração, que é realizada em 77 linhas de ônibus, acontece nos dias de semana (das 8h às 17h); aos sábados (das 8h à meia noite); e aos domingos e feriados (das 6h à meia noite). Para utilizar o novo serviço, é necessário o uso do cartão do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA), que pode ser o Bilhete Único ou o que já é utilizado pelos passageiros – Passe Livre Estudantil, Vale Transporte, Especial para Portador de Necessidade Especial ou o Cartão Cidadão.

O posto móvel do DFTrans atenderá aos estudantes apenas para adequação das linhas no cartão do Passe Livre Estudantil para uso no sistema de integração. As demais demandas e atendimentos poderão ser feitos nos postos fixos do DFTrans em Taguatinga.

Segue a relação dos postos fixos do SBA onde é possível comprar cartões para integração:

Setor Comercial Sul: (Ed. Palácio do Comércio, Qd.2)

Setor de Diversões Sul: (Conic, Ed. Boulevard, subsolo)

Samambaia: (QN 318, CJ. 2 – próximo às Americanas)

Gama: (Terminal Rodoviário - Área Especial S/N Setor Central)

Taguatinga: (C10, Centro – Próximo à EIT)

Sobradinho: (Ed. Varanda Shopping – Próximo à Feira Modelo)

Ceilândia: Posto Na Hora - Shopping Popular (QNM 11 - Área Especial).

Fonte: DFTrans

Saiba o que muda com as novas linhas integradas de transporte do Distrito Federal

21/01/2013 - Correio Braziliense

As pessoas que se deslocam de Ceilândia e Taguatinga ao Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3), Guará, Núcleo Bandeirante, Octogonal, Rodoviária Interestadual e SIA, pela EPTG, fora dos horários de pico, farão uso de linhas integradas.


A integração será nos dias de semana (das 8h às 17h); aos sábados (das 8h à meia noite); e aos domingos e feriados (das 6h à meia noite).

Linhas circulares realizadas por ônibus de Ceilândia e Taguatinga integrarão em diversos pontos de parada de Taguatinga Centro às novas linhas para Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3), Guará, Núcleo Bandeirante, Octogonal e Rodoviária Interestadual, pela EPTG. Da mesma forma, estas novas linhas integrarão, no sentido inverso, com as linhas circulares. Estas novas linhas são chamadas de linhas especiais de ligação.

As novas linhas que partem de Taguatinga Centro e têm por destino o Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3) serão semi-expressas, seguindo pela faixa exclusiva sem parar ao longo da EPTG, oferecendo maior rapidez nas viagens. As demais linhas seguirão pelas vias marginais da EPTG, permitindo embarques e desembarques nos pontos de parada.

Os passageiros que embarcam ao longo da EPTG com destino ao Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3), integrarão nas paradas da Octogonal e do complexo da Polícia Civil. Esta integração será nos dois sentidos de ida e de volta, pela linha 0.573.

Para a integração será necessário o uso do cartão do Sistema de Bilhetagem Automática, que pode ser o que você já usa, ou cartão adquirido com antecedência nos postos do sistema de bilhetagem e nas lojas de conveniência do BRB.

O que não muda?

Nos dias de semana, antes das 8h e depois das 17h, aos sábados, antes das 8h, continuam as mesmas linhas que já ligavam, pela EPTG, Ceilândia e Taguatinga ao Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3), Guará, Núcleo Bandeirante, Octogonal e Rodoviária Interestadual. Nos demais dias e horários, os deslocamentos serão feitos pelas novas linhas integradas.

Quais as linhas que serão integradas?

Relação das linhas que irão pela EPTG, desde o centro de Taguatinga ao Plano Piloto (Eixo Sul, Rodoviária do Plano Piloto e W3), Guará, Rodoviária Interestadual e Núcleo Bandeirante:

0.570, Taguatinga Centro / Rodoviária do Plano Piloto (Integração) via Eixo Sul. Uma viagem a cada 9 minutos. Linha semi-expressa.

0.571, Taguatinga Centro / SIG / W3 Sul (Integração). Uma viagem a cada 11 minutos. Linha semi-expressa.

0.572, Taguatinga Centro / SIG / W3 Norte (Integração) via Setor de Indústrias Gráficas. Uma viagem a cada 14 minutos. Linha semi-expressa.

0.573, Circular EPTG Via Marginal (Integração). Parte de Taguatinga Centro, segue pela via marginal ao Sul da EPTG, retorna próximo a sede da Polícia Civil, segue de volta a Taguatinga Centro pela via marginal ao Norte da EPTG. Uma viagem a cada 9 minutos. Esta linha para ao longo da EPTG.

573.1, Taguatinga Centro / Park Shopping – Rodoviária Interestadual (Integração). Uma viagem a cada 35 minutos. Ela linha para ao longo da EPTG.

0.574, Taguatinga Centro / Guará – Núcleo Bandeirante (Integração). Parte de Taguatinga, segue pela EPTG, entra no Guará 1 e Guará 2, vai para o Pistão Sul e daí para Taguatinga Centro. Uma viagem a cada 35 minutos. Esta linha para ao longo da EPTG.

0.575, Taguatinga Centro / Núcleo Bandeirante - Guará (Integração). Parte de Taguatinga, segue pelo Pistão Sul, passa pela EPNB, entra no Guará 2 e Guará 1, volta pela EPTG vai até Taguatinga Centro. Uma viagem a cada 35 minutos.


Esclarecendo dúvidas

Como o passageiro utilizará a integração?

Durante os horários e dias em que funciona a integração, se quiser, por exemplo, ir do Setor O até a W3 Norte pode pegar qualquer uma das linhas integradas que leve até Taguatinga Centro. Chegando lá, pode embarcar na nova linha 0.572 que vai levá-lo até a W3 Norte. Quando quiser retornar, pode tomar a linha de ligação 0.572 até Taguatinga Centro e, de lá, voltar por qualquer linha integrada que o leve você de volta ao Setor O.

Quais as vantagens?

Por causa da grande quantidade de origens e destinos entre as regiões, boa parte das linhas oferece poucas viagens ao longo do dia e nos finais de semana, fazendo com que os passageiros esperem muito tempo. Já com a integração, você vai poder se deslocar até Taguatinga Centro na primeira linha integrada que te leve até lá. E, estando em Taguatinga Centro, você vai poder contar com linhas de ligação para os vários destinos no Distrito Federal. Isto vai aumentar o número de opções de viagens para a população, além de diminuir o tempo dos percursos, já que vão circular pela faixa exclusiva da EPTG, sem parada ao longo deste caminho.

Eu preciso pagar duas passagens?

Não, se você possuir algum dos cartões do Sistema de Bilhetagem Automático. Funciona de forma parecida ao que hoje acontece nas linhas integradas ao metrô. O sistema vai saber que você embarcou em uma linha integrada e vai descontar de seus créditos apenas a diferença das passagens. Por exemplo, se você embarcou em uma linha integrada de R$ 2,00 e, logo em seguida, uma linha de ligação de R$ 3,00, em vez de R$ 5,00, serão descontados de seu cartão apenas R$ 3,00, que é o atual valor das linhas que ligam Ceilândia e Taguatinga às demais regiões descritas.

Como vai funcionar a integração?

A integração só vale entre uma linha circular e uma das novas linhas de ligação. Não vale entre duas linhas circulares ou entre duas das novas linhas de ligação. O tempo limite é de 2 horas para haver a integração entre as duas viagens.

E se eu precisar parar ao longo da EPTG? O que devo fazer?

Haverá a linha 0.573que parte de Taguatinga Centro e vai até a Octogonal e complexo da Polícia Civil, circulando pelas vias marginais da EPTG.

As linhas que passam pela Estrutural ou pela Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) vão mudar?

Apenas as linhas que passam pela EPTG mudarão.

Quem já tem um cartão, vai poder usá-lo?

Quem já possui algum dos cartões, como o estudantil ou o vale-transporte, não precisa trocar. Eles funcionarão normalmente.

E quem não tem cartão? Onde pode fazer um e carregá-lo?

Os cartões podem ser adquiridos e recarregados nos postos do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA/DFTrans) ou nas lojas de conveniência do BRB. Há cartões que não exigem cadastro nem documento para aquisição. Ele pode ser usado no metrô e em qualquer linha de ônibus do transporte público.

Como saber se a linha faz parte desta integração?

No painel frontal do ônibus haverá uma marca identificando a integração.

Informações: Correio Braziliense