terça-feira, 31 de março de 2015

Mesmo com obras ainda em execução, Expresso DF terá cobrança a partir de 6ª-feira

30/03/2015 - Portal R7 - DF

Às vésperas de completar um ano e ainda com obras em andamento, chega ao fim a operação de testes do Expresso DF. A partir da próxima sexta-feira (3), o valor das passagens dos ônibus que ligam Gama, Santa Maria e Park Way ao Plano Piloto passa a ser de R$ 3. A cobrança, que iria começar em 28 de março, foi adiada devido as reclamações dos usuários sobre o tempo.

A inauguração do Expresso DF contou com a presença da presidente Dilma Rousseff. A obra, que custou R$ 648 milhões, contou com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do governo distrital.

O sistema, porém, ainda é alvo de fortes críticas dos passageiros que o utilizam. Atualmente, segundo o Governo do Distrito Federal, cerca de 200 mil pessoas são atendidas pelo Expresso DF. Entre as reclamações dos usuários, estão a estrutura, falta de equipe de apoio e de organização nos terminais.

Uma das principais reclamações dos usuários é a organização dos terminais. Em março, uma confusão entre duas mulheres começou após o empurra-empurra na entrada de um ônibus. Uma das mulheres diz ter sofrido racismo. Não haviam fiscais ou policiais por perto.

Segundo o DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal), o modelo de embarque do Expresso DF deveria ser semelhante ao usado no metrô, sem filas. Porém, a demanda é grande e o tamanho dos veículos é menor. Nos terminais faltam fiscais e sobram passageiros.

A estudante de gestão em saúde, Anna Carolyne Alencar, defende o projeto, mas lembra que é necessária uma organização melhor.

Eu acredito que o BRT seja sim uma boa ideia. Porém, para que seja um transporte efetivo é necessário que as pessoas tenham educação. Tendo como base a má educação e a falta de respeito de alguns é imprescindível que tenham profissionais contratados pelo DFTrans para organizar.

Ela lembra que a melhora do sistema depende da conversa entre os responsáveis e os usuários.

Não adianta nada um servidor superior dar uma ordem para o fim das filas sendo que ele não vivencia aquilo e não dá voz a população.

Já a assistente administrativa, Eliane Roque, começou a usar o Expresso DF recentemente. Ela contesta sobre a conservação do sistema.

Vejo uma obra que gastou milhões sem ter cumprido com a ideia pelo qual foi construída. Temos estações que ainda não foram terminadas. Algumas têm vidro quebrado, o que mostra que não tem pessoas ali cuidando da conservação.

O funcionário público, Anderson Sá, morador do Residencial Santa Dumont, na saída de Santa Maria, reclama sobre o tempo gasto dentro dos terminais para a integração na volta para casa.

Se na volta você chegar ao terminal logo após a saída da linha, tem que esperar meia hora até o próximo. Se o sistema promete agilidade, essa demora acaba com isso. O deslocamento entre a satélite e o Plano Piloto até que é ágil, mas para chegar em casa se perde um tempo grande.

Para quem mora no residencial, outro grande problema é a parada de ônibus na BR-040. Desde que a obra começou, o abrigo dos passageiros foi retirado.

Retiraram o abrigo de passageiros da parada no sentido Plano Piloto e nunca instalaram um novo. As pessoas enfrentam sol, chuva e não tem como se proteger. Além disso, também não existe iluminação pública, aumentando os riscos de assaltos.

Sobre o problema, o DFTrans informou que o consórcio que atende a BR-040 seria o responsável pela estrutura da parada de ônibus. Por meio de sua assessoria, a empresa Via BR-040, no entanto, disse que o trecho onde a parada estava instalada não é de sua responsabilidade.

O sistema

O Expresso DF é composto por linhas expressas e paradoras que ligam as cidades à Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília. Os ônibus circulam por meio de corredores exclusivos até o início da Asa Sul, quando ocupam a via normal.

No momento, seis estações do BRT estão funcionando: Gama, Santa Maria, Park Way, Caub, Balão do Periquito e Santos Dumont. Enquanto as linhas paradoras atendem todas as estações, além das paradas de ônibus convencionais do Eixão Sul, os expressos param apenas nos terminais de integração.

Em breve, as linhas Paradoras terão os percursos estendidos. Elas vão sair da Rodoviária do Gama, no Setor Central, e do Terminal da Quadra 401, em Santa Maria. Para o pagamento das passagens, os passageiros deverão utilizar os cartões de bilhetagem automática, entre os possíveis, vale-transporte, bilhete-único, estudantil e especial.

Quem usa os ônibus de integração como circular deverá pagar R$ 3 pelo percurso. O DFTrans também informou os passageiros que querem apenas circular nas cidades, deverão utilizar as linhas já existentes, com o valor de R$ 1,50.

De acordo com a Secretaria de Mobilidade, a expansão do Expresso DF será em breve. A linha norte, com ligação para Sobradinho e Planaltina, está com projeto avançado e a licitação da obra é esperada para esse ano. O início da obra está previsto para o início de 2016.

terça-feira, 24 de março de 2015

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

20/03/2015 - Agência Brasília

Integração continuará valendo; usuários pagarão apenas uma tarifa para utilizar o serviço. 

Itinerário será ampliado

Mariana Damaceno

Foto: Tony Winston/Agência Brasília
BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março
BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março
A partir de 28 de março, os cerca de 270 mil passageiros do sistema de transportes Eixo Sul (BRT Sul) pagarão R$ 3 pela viagem. O serviço liga as regiões administrativas do Gama, do Park Way e de Santa Maria ao Plano Piloto. Segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), a integração continuará valendo. Assim, para se locomover entre uma dessas três localidades e o Plano Piloto, os passageiros pagarão apenas uma passagem.

Quem mora longe do terminal do BRT (sigla para bus rapid transit ou ônibus de trânsito rápido) ainda poderá pegar umas das seis linhas alimentadoras no Gama ou uma das outras seis que operam em Santa Maria. A tarifa, nesses casos, será cobrada antes que o usuário chegue ao terminal do BRT. O DFTrans destaca ser necessário usar os cartões de bilhetagem automática, uma vez que, por não terem cobrador, as linhas não aceitarão outra forma de pagamento.

A passagem de R$ 3 valerá para todo o trajeto do BRT. Por exemplo, se o passageiro sair do terminal e precisar de outro transporte coletivo, terá duas horas para fazer a integração sem ter que pagar mais uma tarifa.

O governo gasta, em média, R$ 3,5 milhões por mês com o sistema do BRT, que começou a ser testado em 30 de junho passado, na chamada operação branca — sem cobrança de passagem. Em janeiro, quando passou a pagar à Viação Pioneira — empresa responsável pelos veículos — pela quantidade de passageiros, e não pelos quilômetros rodados, houve economia de R$ 1 milhão. Pagou R$ 3,9 milhões, contra os R$ 4,9 milhões que desembolsaria se o pagamento tivesse sido por quilômetro rodado.

Número maior de ônibus
O BRT Sul conta atualmente com cem ônibus de dois modelos: articulados ou alongados. Esse número, segundo o DFTrans, pode aumentar de acordo com a demanda, conforme o contrato com a Pioneira. Os articulados, que atuam na linha expressa, têm capacidade para 130 passageiros; os alongados, que atendem às linhas paradoras, para 90.
 
Com 30 quilômetros de vias exclusivas, o sistema oferece dois tipos de linha: uma expressa e outra paradora. A primeira só faz paradas nos terminais do BRT do Gama, de Santa Maria, do Park Way e no da Rodoviária do Plano Piloto. Transita, em grande parte do percurso, pelos corredores exclusivos e, no Plano Piloto, pelo Eixão Sul. A segunda — a paradora —, que também usa os corredores exclusivos, para ao longo de todo o trajeto. O trecho do Plano Piloto é feito pelos Eixinhos Leste e Oeste da Asa Sul.
 
Ampliação de itinerários

Em ação conjunta com o DFTrans, a Secretaria de Mobilidade trabalha para melhorar o serviço. Até abril, o BRT Sul ganhará duas novas linhas: uma em Santa Maria e outra no Gama, ambas do tipo paradora. No Gama, o novo itinerário começará na Rodoviária Central e seguirá pelo Setor Central antes de ir para o terminal do BRT. Em Santa Maria, haverá ônibus saindo também do Terminal Sul, na Quadra 401 da Avenida Alagados, além do terminal do próprio BRT. A iniciativa atende a um pedido antigo dos moradores das duas regiões administrativas.

ampliacao no itinerario do BRT sul Agencia Brasilia

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março

BRT Sul terá passagem de R$ 3 a partir de 28 de março





segunda-feira, 23 de março de 2015

BRT Sul passará a cobrar passagem a partir do próximo sábado no DF

23/03/2015 - Portal R7 - DF

O DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal) anunciou na última sexta-feira (20) que cobrará, a partir do próximo sábado (28), R$ 3 pela viagem no sistema de transportes Eixo Sul (BRT Sul). O serviço liga as regiões administrativas do Gama, do Park Way e de Santa Maria ao Plano Piloto. São cerca de 270 passageiros que usam esse meio de transporte diariamente na cidade.

O órgão garante que a integração continuará valendo. Desta forma, para se locomover entre uma dessas três localidades e o Plano Piloto, os passageiros pagarão apenas uma passagem.

Quem mora longe do terminal do BRT (sigla para bus rapid transit ou ônibus de trânsito rápido) ainda poderá pegar umas das seis linhas alimentadoras no Gama ou uma das outras seis que operam em Santa Maria. A tarifa, nesses casos, será cobrada antes que o usuário chegue ao terminal do BRT. O DFTrans destaca ser necessário usar os cartões de bilhetagem automática, uma vez que, por não terem cobrador, as linhas não aceitarão outra forma de pagamento.

A passagem de R$ 3 valerá para todo o trajeto do BRT. Por exemplo, se o passageiro sair do terminal e precisar de outro transporte coletivo, terá duas horas para fazer a integração sem ter que pagar mais uma tarifa.

O GDF informou que, atualmente, é pago em média R$ 3,5 milhões por mês com o sistema do BRT, que começou a ser testado em 30 de junho passado, na chamada operação branca — sem cobrança de passagem. Em janeiro, quando passou a pagar à Viação Pioneira — empresa responsável pelos veículos — pela quantidade de passageiros, e não pelos quilômetros rodados, houve economia de R$ 1 milhão. Pagou R$ 3,9 milhões, contra os R$ 4,9 milhões que desembolsaria se o pagamento tivesse sido por quilômetro rodado.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Empresas de ônibus paralisadas receberam repasse do governo

06/03/2015 - ASCOM DFTrans

Motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção das empresas Marechal e Pioneira cruzaram os braços desde o início da manhã desta sexta-feira. O serviço de transporte público ficou paralisado em 13 regiões administrativas do Distrito Federal. Eles alegam não ter recebido o salário de fevereiro, que seria depositado ontem.

O DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal) informou que fez o repasse para todas as operadoras e cooperativas do sistema ainda ontem, às 10 h. Segundo a autarquia, foram disponibilizados para a Marechal R$ 3,528 milhões, enquanto a Pioneira recebeu R$ 3,564 milhões. Como a verba já foi repassada, a questão deve ser resolvida entre os empresários e os empregados.

A paralisação prejudicou 500 mil passageiros e causou transtornos no trânsito durante boa parte da manhã. A Viação Pioneira conta com 640 ônibus distribuídos pelo Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Park Way, Santa Maria, São Sebastião e Gama. Já os 464 veículos da frota da Viação Marechal atendem a parte de Taguatinga e do Park Way, além de Ceilândia, Guará e Águas Claras.

Por meio da assessoria de imprensa, a Marechal disse considerar a paralisação abusiva por ter comunicado ainda ontem aos trabalhadores que o pagamento seria feito na manhã de hoje. Para a empresa, o sindicato da categoria não demonstrou preocupação com a população que utiliza o sistema de transporte público. Também pela assessoria, a Pioneira informou que o valor repassado pelo DFTrans não foi suficiente para pagar aos rodoviários e fornecedores. A empresa alega que tem a maior folha de pagamento do sistema. Além disso, opera o BRT, que ainda não cobra passagem dos usuários.

Segundo o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus, os ônibus da Marechal devem voltar a circular ainda na manhã de hoje, caso se confirme o depósito dos salários. Os tíquetes-alimentação teriam sido pagos na tarde de ontem. A Pioneira não teria feito nenhum repasse, ainda conforme Jesus, que estima em 2 mil o número de rodoviários paralisados. "Os trabalhadores sempre deram o crédito para as empresas de trabalhar até o pagamento entrar. Mas devido a problemas recentes de atrasos, não esperamos mais. Não pagou, a gente cruza os braços", explicou o diretor.

Fonte: Agência Brasília

Fim da operação branca do BRT Sul

19/03/2015 - ASCOM DFTrans



Brasília (19/3/2015) - A Secretaria de Mobilidade e o DFTrans vão anunciar à imprensa o fim da operação branca do BRT Sul. A partir do dia 28 de março, será cobrada a tarifa de R$ 3. Em coletiva serão esclarecidas as mudanças operacionais. 

Data: 20.03 (sexta-feira)
Horário: 8:30h
Onde: Secretaria de Mobilidade,15º andar do Anexo do Buriti. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Donos da Gol faturam R$ 1,5 bi com ônibus

09/03/2015 - O Estado de SP

Quarenta miniaturas de ônibus dividem espaço com um pequeno avião da Gol e uma estátua de São Cristóvão, o protetor dos caminhoneiros, na sede da Comporte, em São Paulo. Com faturamento aproximado de R$ 1,5 bilhão, em 2013, a empresa concentra os negócios de transporte rodoviário dos irmãos Constantino (Henrique, Joaquim, Ricardo e Júnior), que fundaram e são controladores da companhia aérea Gol.

A origem do grupo é o negócio criado pelo pai deles, Nenê Constantino, no fim dos anos 40. Ele era caminhoneiro e entrou no ramo depois de levar uma carga de manteiga para Recife. Na busca do que trazer de volta para encher o caminhão, Nenê recebeu a sugestão de levar gente. Colocou uma placa "Rio-São Paulo" no veículo e transportou um grupo no pau de arara para a Região Sudeste.

Nenê dividiu seus negócios entre os filhos em 1994. Os quatro irmãos se juntaram e as irmãs ficaram com outras empresas de ônibus. "Assumimos a dívida e tivemos de pagar pela empresa", disse Henrique, presidente do conselho de administração da Comporte. "Aquela empresa de ônibus de antigamente não existe mais. Hoje somos um grupo de mobilidade profissionalizado."

Os irmãos decidiram diversificar a atuação geográfica para reduzir o risco político, com trocas de governos e revisões contratuais. "Hoje não temos mais de 7% da receita vindo de um único lugar." Segundo Henrique, a empresa já teve prejuízo em São Paulo, quando as gestões de Celso Pitta e Paulo Maluf deixaram de repassar subsídio para as companhias. Disputar a nova licitação da Prefeitura de São Paulo não está no planejamento estratégico do grupo.

A Comporte fez sua estreia nos trilhos, em dezembro, ao vencer a licitação para operar o VLT de Santos, e também vê oportunidades de crescer em concessões de transporte urbano em cidades médias, com ampliação da malha rodoviária e eventuais aquisições. "As pressões populares são positivas para o setor. Elas podem ajudar a destravar vários investimentos", disse Henrique.

Aviação. No setor aéreo, a família atua desde 2001, quando fundou a Gol, segunda maior companhia de aviação do País. Para quem pensa em canibalização, com a as passagens aéreas mais baratas concorrendo com as de ônibus, o executivo se apressa a dizer que os setores são diferentes e se complementam. "O transporte aéreo não atende a distâncias muito curtas nem rotas com baixa demanda." As empresas irmãs tentam se ajudar na medida do possível. A inteligência por trás da movimentação de passageiros de ônibus pelo Brasil pode ser usada pela Gol na definição de novas rotas. "É lógico que aproveitamos isso", diz Henrique, que é vice-presidente do conselho da aérea. Júnior é presidente e seus outros dois irmãos também estão no conselho da companhia.

Diferentemente da postura que adotam na Gol, que tem capital aberto e faz campanha na televisão, os Constantinos costumam ser mais discretos com os negócios de transporte rodoviário. A reserva em relação aos negócios da família passa por uma acusação de assassinato contra Nenê Constantino, que teria mandado matar um líder comunitário em 2001. O caso está na Justiça e a família não comenta a questão.

Sobre o perfil discreto da companhia, Henrique responde com bom humor. "Até o meu sósia é mais famoso do que eu", brinca o executivo, numa referência a Marcelo Nascimento da Rocha, o falsário que se passou por ele em um carnaval, em Recife, e inspirou o filme Vips - História Reais de um Mentiroso. 

domingo, 8 de março de 2015

Rodoviários entram em greve no DF e deixam 500 mil pessoas sem ônibus

06/03/2015 - G1 DF

Rodoviários de duas empresas decidiram cruzar os braços e deixaram pelo menos 13 regiões administrativas do Distrito Federal sem ônibus na manhã desta sexta-feira (6). De acordo com o sindicato da categoria, a Marechal e a Pioneira deixaram de repassar os salários e o tíquete-alimentação, deixando 500 mil pessoas sem o serviço – quase 20% da população da capital do país. O diretor do DFTrans, Clóvis Barbará, declarou que todas as organizações receberam em dia.

Por telefone, a Marechal, responsável por 464 veículos, disse que informou ao sindicato que faria o pagamento às 10h desta sexta. A empresa disse que o repasse do governo foi feito no final da tarde, atrapalhando o pagamento. Barbará afirma que houve problemas com o sistema bancário.

Já a Pioneira, dona de 625 ônibus, disse que recebeu o repasse, mas não em quantia suficiente para quitar os salários dos funcionários. "Vale lembrar que ainda não são cobradas passagens dos usuários do BRT desde o início da operação, o que causa um déficit ainda maior. A empresa enviou ao banco a folha de pagamento e aguarda o repasse do governo para efetuar o pagamento dos rodoviários", disse em nota. O DFTrans declarou que o valor é suficiente e que as dívidas são de contratos irregulares feitos no último ano.

Com a greve, 2 mil rodoviários foram prejudicados e deixaram de circular em Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Varjão e Park Way. Motoristas têm salário-base de R$ 1.928 e cobradores, de R$ 1.008. O valor do tíquete-alimentação é o mesmo: R$ 417.

Os funcionários se reuniram na garagem do P Sul para protestar. Diretor de imprensa do sindicato, João Jesus de Oliveira disse passou a quinta-feira tentando negociar com as empresas. "Já está virando uma moda isso de o pagamento não entrar no quinto dia útil do mês", afirma. "As empresas dizem que dependem do repasse do DFTrans para quitar a folha e que aguarda os recursos."

O sindicalista também afirmou que não há prazo para o fim da paralisação. "Hoje é sexta-feira. Pelo menos a Marechal informou que a partir das 10h estará fazendo esse pagamento. Ela já passou o tíquete, mas não conseguiu pagar a folha. A Pioneira não tem previsão. Vamos ver durante o dia de hoje", concluiu.

O motorista da Marechal Manoel Bandeira de Almeida disse considerar a empresa, na qual trabalha há um ano, boa para o trabalhador, mas critica os problemas com pagamentos. Ele mora com a mulher e os três filhos em Ceilândia e é a única pessoa em casa a ter renda.

"É ruim, porque a gente tem obrigação de pagar as contas da gente, água, luz e aluguel, e a cobrança não espera", declarou à reportagem. "Se não fizerem o pagamento até as 16h, só poderá ser na segunda-feira. A gente não volta antes."

Passageiros relataram que as paradas de ônibus estavam lotadas. Com preços mais caros e oferecendo menor segurança, o transporte pirata foi a opção para muitos deles. O trânsito ficou congestionado em vários pontos da cidade.

Um motorista afirmou ao G1 que ficou mais de 35 minutos esperando por um ônibus para a Asa Norte, sem sucesso. Nem mesmo os veículos com destino à Rodoviária do Plano Piloto circularam no período em que ele ficou na parada do Taguacenter.

Bacias de transporte público

O sistema de transporte público do DF foi dividido em cinco bacias. A primeira delas é de responsabilidade da Viação Piracicabana e atende o Plano Piloto, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal.

A bacia 2 cabe à Piracicabana e atende Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way. A bacia 3 atende Núcleo Bandeirante, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II.

A bacia 4 é de responsabilidade da Marechal e atende parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way. A bacia 5 é responsável por Brazlândia, Ceilândia, SIA, SCIA, Vicente Pires e parte de Taguatinga.