Empresas de ônibus paralisadas receberam repasse do governo

06/03/2015 - ASCOM DFTrans

Motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção das empresas Marechal e Pioneira cruzaram os braços desde o início da manhã desta sexta-feira. O serviço de transporte público ficou paralisado em 13 regiões administrativas do Distrito Federal. Eles alegam não ter recebido o salário de fevereiro, que seria depositado ontem.

O DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal) informou que fez o repasse para todas as operadoras e cooperativas do sistema ainda ontem, às 10 h. Segundo a autarquia, foram disponibilizados para a Marechal R$ 3,528 milhões, enquanto a Pioneira recebeu R$ 3,564 milhões. Como a verba já foi repassada, a questão deve ser resolvida entre os empresários e os empregados.

A paralisação prejudicou 500 mil passageiros e causou transtornos no trânsito durante boa parte da manhã. A Viação Pioneira conta com 640 ônibus distribuídos pelo Itapoã, Paranoá, Jardim Botânico, Lago Sul, Candangolândia, Park Way, Santa Maria, São Sebastião e Gama. Já os 464 veículos da frota da Viação Marechal atendem a parte de Taguatinga e do Park Way, além de Ceilândia, Guará e Águas Claras.

Por meio da assessoria de imprensa, a Marechal disse considerar a paralisação abusiva por ter comunicado ainda ontem aos trabalhadores que o pagamento seria feito na manhã de hoje. Para a empresa, o sindicato da categoria não demonstrou preocupação com a população que utiliza o sistema de transporte público. Também pela assessoria, a Pioneira informou que o valor repassado pelo DFTrans não foi suficiente para pagar aos rodoviários e fornecedores. A empresa alega que tem a maior folha de pagamento do sistema. Além disso, opera o BRT, que ainda não cobra passagem dos usuários.

Segundo o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus, os ônibus da Marechal devem voltar a circular ainda na manhã de hoje, caso se confirme o depósito dos salários. Os tíquetes-alimentação teriam sido pagos na tarde de ontem. A Pioneira não teria feito nenhum repasse, ainda conforme Jesus, que estima em 2 mil o número de rodoviários paralisados. "Os trabalhadores sempre deram o crédito para as empresas de trabalhar até o pagamento entrar. Mas devido a problemas recentes de atrasos, não esperamos mais. Não pagou, a gente cruza os braços", explicou o diretor.

Fonte: Agência Brasília

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