Governador do DF tem cinco meses para implantar bilhete único e cumprir promessa de campanha

26/07/2015 Portal R7 - DF

O governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) usou a tarifa única, ou bilhete único, para rebater a promessa de tarifa de ônibus a R$ 1 do então candidato Jofran Frejat (PR) nas eleições 2014. Na época, Rollemberg garantiu que a medida seria adotada logo no primeiro ano de governo e, agora, terá que correr contra o tempo para cumprir a promessa. Isso porque, segundo a própria Secretaria de Mobilidade do DF, ainda não há data definida para que o bilhete único passe a valer.

Segundo a pasta, o projeto para a implantação do bilhete único está em andamento, com o desenvolvimento de várias atividades intermediárias, tais como: recadastramento de validadores, reprogramação e racionalização de linhas e contratação de projeto piloto de sistema de bilhetagem automática.

Em entrevista ao R7 DF, o secretário Carlos Tomé disse que o bilhete único está sendo implantado de modo "gradual" e que em algumas áreas ele já é uma realidade, a exemplo do Expresso Sul.

[Para a o funcionamento da tarifa única], as pessoas precisam ter o cartão e o sistema tem que estar parametrizado, ou seja, programado para funcionar com o bilhete único. explica o secretário.

De acordo com o secretário, o bilhete único não pode ser estendido de uma só vez à malha do transporte urbano do DF porque, atualmente, ela é " muito irracional e precisa ser adequada em vários quesitos", como superar os problemas com o sistema informatizado da Transdata e  da sobreposição de linhas em operação. Contudo, ele garante que, à medida que as linhas vêm sendo racionalizadas, o bilhete único vem sendo implementado.

No Expresso Sul, por exemplo, ao conscientizar o cidadão sobre a compra do cartão recarregável, veio junto a aplicação do bilhete único; com reestruturação das linhas do Riacho Fundo, vem junto a estratégia do bilhete único.

O Secretário também informou que já está em processo a integração dos modais (ônibus, micro-ônibus, BRT e metrô) para o recebimento do bilhete único. Questionado se a questão financeira do GDF (Governo do Distrito Federal), que alega estar com pouco dinheiro em caixa, será um problema para a implantação da proposta, o secretário responde de pronto: não.

A questão financeira afeta de modo geral o governo. Entretanto, não necessariamente a implementação do bilhete único por ser um projeto em execução com os gastos dentro da previsão da secretaria.

Defasada, a rede de ônibus coletivo e metrô submete passageiros a rotinas de superlotação a espera por horários indefinidos a um custo que chega até R$ 3 por viagem. Com o bilhete único, o usuário poderá utilizar diversas modalidades de transporte - ônibus, metrô micro-ônibus e VLT - várias vezes ao dia com o pagamento de apenas uma tarifa.

Carlos Tomé descartou aumento de passagens no transporte público "enquanto não houver melhorias nos serviços".

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