sexta-feira, 8 de março de 2013

Empresas de outros estados vão operar na capital

02/03/2013 - Jornal de Brasília

Mais duas empresas foram habilitadas para operar duas bacias que compõem o novo sistema de transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Agnelo Queiroz no Palácio do Buriti. Para esta nova etapa, 11 companhias se candidataram para ocupar os três lotes restantes. Porém, só a HP-ITA, de Goiânia (GO), e a Auto Viação Marechal, de Curitiba (PR), vão prosseguir na licitação.

O resultado da concorrência será publicado no Diário Oficial do DF na próxima segunda. A partir desta data, as empresas terão até 20 dias para a assinatura do contrato. Com quatro das cinco bacias ocupadas, será aberta mais uma licitação para saber quem vai administrar a bacia 1. Após a assinatura do contrato, as ganhadoras terão um prazo de seis meses para trocar a frota da área que compõe a bacia.

Mais uma vez, a Viação Planalto (Viplan) tentou concorrer ao certame, e novamente foi desclassificada. O consórcio do qual a mulher de Valmir Amaral – do Grupo Amaral – participava também não foi habilitado.

Bacias

O novo modelo do transporte público divide o DF em cinco áreas. Segundo o secretário de Transportes, José Walter Vazquez, o sistema nasce para aperfeiçoar o serviço, uma vez que o novo modelo evita o monopólio. Isso porque cada companhia não pode administrar mais de uma bacia.

As empresas Viação Pioneira e Expresso São José já haviam assinado contrato para ocupar as bacias 2 e 5, respectivamente, em 31 de dezembro do ano passado. Elas devem começar a operar pelo novo sistema em junho deste ano.

Intervenção em grupo

Em meio à renovação do sistema de transporte público está a intervenção do GDF no Grupo Amaral, que detém três empresas que operam no DF. A intervenção foi ocasionada pelo descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o governo e Ministério Público, além de uma série de reclamações feitas por usuários em relação aos serviços.

O governador Agnelo Queiroz disse que mesmo o Estado tendo assumido uma empresa privada, não há possibilidade de o governo se responsabilizar pela dívida da empresa, que gira em torno de R$ 68 milhões. "Não haverá investimento do governo para uma empresa privada. A lei assegura um ressarcimento em investimentos empregados nas empresas" , ressaltou o governador, em relação aos gastos nos reparos dos ônibus, feitos nos últimos dias.

Saiba mais

A bacia 3 engloba cidades como Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Samambaia. A frota prevista é de 483 ônibus.

Integram a bacia 4 as cidades de Ceilândia, parte de Taguatinga, Guará, Águas Claras e parte do Park Way. A frota para essas regiões administrativas totaliza 464 veículos.